29 April 2009

TODOS JUNTOS! E.P.C.


Hoje vou escrever um pouco sobre o associativismo morto e enterrado e o que ainda sobra "nas interwebz" .

Se goglarem Associação Portuguesa de Paintball (A.P.P.), ou Associação de Paintball Desportivo do Norte, ou Espinho Paintball Clube (E.P.C.) encontram hits, mas não encontram páginas. Ainda aparece uma feita por Joaquim Santos em 1999 com uma breve explicação histórica ao que ele conhecia e existia na altura e uma descrição bastante exacta e simples. http://www.magicnet.pt/paintball/portugal.html

Mas basicamente escrevo sobre este tema, para reforçar a minha opinião pessoal sobre o associativismo nacional, neste hobby.
A primeira abordagem do meu argumento é que o associativismo fica abaixo dos objectivos e lemas que muitos entoam e gostam de passar como sua mensagem - O beneficio da modalidade...

O E.P.C.
Vou começar por falar do E.P.C., este era o único clube/associação real, por alturas do Circuito Zap e parte da Copa Ibérica de 2001-2003. Enquanto todos os jogadores de paintball de competição pagavam uns bons 10 contos (50€) por mês para jogar, os jogadores do E.P.C. supostamente pagavam uns 800 escudos, o resto era pago por patrocinadores num descrito (pelo seu dirigente) esquema dúbio com patrocinios, mecenas de algumas empresas, salvo erro de informática. Claro que isto que escrevo é ouvir dizer da boca de um dirigente associativo, que segundo se diz, já não se encontra na mesma variedade de códigos postais que nós (aka Brasil). Mas o E.P.C. foi vanguardista noutros aspectos e o seu dirigente também. Tiveram várias participações na televisão por cabo, no programa que anos mais tarde degenerou no Curto Circuito e canal Sic Radical, e foram bastante louvados na comunidade por tal feito. Tiveram vários jogadores que ainda por cá andam, se fizermos um patch para os identificar, acho que também teremos vários jogadores com o emblema. Tiveram um bom projecto com o nome de Milicia a nível nacional assim como outros projectos menores, e Voodoo no MS. Nunca foram uma grande equipa com porte ou presença, fora as jerseys hediondas. Foram sobretudo uma porta de entrada a muitos desportistas, mesmo que o projecto não tenha vingado e durado.
O João Ribeiro (o tal dirigente do E.P.C.) sempre tomou uma postura motriz neste nosso hobby, em querer construir o associativismo nacional. Infelizmente muitos não o quiseram acompanhar... Ele tentou por duas vezes criar a Federação Portuguesa fazendo reuniões. A primeira vez foi na Expo Paintball com as equipas, tentou fomentar a vontade de irmos para a frente, nem que fosse atrás dos beneficios de esquemas semelhantes ao E.P.C., para obter menos gastos a praticar paintball. A segunda tentativa de criar a federação foi quando em Lisboa uns quantos nos juntamos para fundar a A.P.P.A. (não os copycat de Almada) no decorrer da Copa Ibérica. A Associação Portuguesa de Paintball Amador tinha como objectivo servir de sindicato dos jogadores e numa frente unida apresentar perguntas e exigências a quem organizava os torneios em solo nacional, infelizmente ou felizmente não resultou. Todos os elementos debandaram aquando o recomeço da conversa de Federação do João Ribeiro, e alguns viraram o seu contributo para outras formas de melhorar e evoluir com o Paintball competitivo, e por estranho que pareça sem Associações...
Hoje fica um video ortodoxo já que ainda não encontrei um bom video com os Milicia (mas devo ter um por aqui), e o primeiro que achei é um jogo incompleto onde os Trolls perdem, logo na primeira prova do Circuito Zap. Fica então um intervalo na segunda prova do Circuito Zap, em Arruda dos Vinhos em 2001. Deixo alguns comentários no Youtube, o resto é para descobrirem... --> http://www.youtube.com/watch?v=P3dEtYTeerk
Jaime Menino

27 April 2009

O PREÇO CERTO! MARCADORES


Desde que entrei nisto que observo a evolução sempre bem vinda mas a um ritmo alucinante, realmente vivemos nesta modalidade as horas como dias, os dias como meses e os meses como anos do quotidiano. Por isso hoje vou falar de um tema que acho que é um dos mais interessantes de se falar, os preços dos equipamentos!

Para quem hoje acha que é um desporto caro, deviam ter começado à uns singelos sete anos atrás para sentirem o que era verdadeiramente caro. Hoje em dia com mil euros um jogador equipa-se bastante bem (basta ir a um fórum e procurar o material que se vende ao desbarato), mesmo que não conheça nada ou não tenha o que muitos gostam de rotular como patrocinio de uma loja.
Como sempre, senão temos um dos vários marcadores topo de gama somos compelidos a adquirir algo melhor. Mas no meu inicio um jogador de competição tinha de ter uma Angel LCD, sem uma o jogador era automaticamente considerado sub-par dos restantes, os dinossauros andavam de automag ou autococker, e os restantes lá tinham uma ou outra coisa que não funcionava 100% bem e era quase sempre o motivo de muita conversa e comédia. O material e a sua escolha era moldada ao que os jogadores Profissionais americanos usavam e usam. Na altura reinava publicitáriamente os Avalanche com as suas angels lcd da warped sportz, Mais tarde os Dynasty com as suas angels cobra, os Russian Legion e os suecos Joy Division também apareciam no lado do campo da WDP. Só sobrava algum espaço para os Aftershock com uma variedade de marcadores costumizados pela Shocktech, desde autocockers a mais tarde intimidators (02). Também os Strange que em 2002/2003, começam a se fazer surgir como os grandes concorrentes aos Dynasty nas provas do MS, equipados com as suas Impulses da SmartParts.

O meu primeiro marcador foi uma Impulse que comprei por 116 contos, 580€ na moeda actual. Estando eu na altura a me equipar para jogar paintball sem ser especificamente competição a minha escolha foi simples: não tinha dinheiro para uma angel (de 1500/1750€). Era um dos marcadores que já trazia cano. Simples de se manter e da caixa estava praticamente pronto para se usar. No fórum (Renegados) apenas estava à venda uma ou outra shocker 4x4 a um preço proibitivo.
Tive a sorte de aquirir um modelo já da segunda geração, pois a primeira tinha várias falhas, algo que era comum antigamente nos marcadores, sairem para o mercado com falhas... E mesmo assim investi em bastantes peças no marcador.

Hoje em dia o mercado de marcadores de paintball está proveitoso para os jogadores, sobretudo as camadas novas. O comércio online e os fóruns, ajudam os jogadores a obterem bom material às vezes até acima das suas necessidades, e mesmo os preços praticados na loja, por material com melhor tecnologia e maquinaria, são bem mais baixos do que foram no passado. Um jogador que comprasse uma angel lcd numa loja, sem sistema de ar e ligações (tubo e cotovelos) tinha uma despesa de 300 a 350 contos (1500/1750€). Um jogador que vá comprar um bom marcador de topo a uma loja gasta o equivalente a uns 200 a 250 contos (1000/1250€) pronto a usar, isto senão conhecer ninguém.

Engraçado ou nem tanto, para quem gastou o dinheiro que gastou, é hoje em dia observar a desvalorização do material que se adquiriu. Num mercado onde se encontram preços de "dar" o material, ou colecções caseiras de velharias que já não servem para nada. E o caso especifico que ainda nos prejudica mais aos que cá andamos e beneficia bastante os que entram, é a capacidade de "vergar" à procura, reduzindo os preços de venda do que se tenta despachar em excelentes condições, aos preços de "dar". Enfim, procura e oferta na nossa comunidade e economia em geral não é o nosso forte e não nos apela a união. Por isso vamos todos continuar a ver nos fóruns material em segunda mão todas as semanas baixar em incrementos de 50€, até se "dar", para se poder ir a correr comprar o modelo novo do ano da mesma coisa.

Ficam algumas dicas relativas a isto: Não baixem os vossos preços porque tem de ir a correr comprar o modelo novo. Analisem bem a vossa necessidade de comprar o modelo novo. Vejam fotos dos jogadores de Paintball do resto do mundo, na PSP, USPL e NAX vê-se toneladas de filmes e fotos dos jogadores "amadores" (a mesma classe que nós) com marcadores de 2005,06,07 etc... Claro que também há jogadores com material novo, mas nós os Europeus somos muito mais compelidos para entrar na corrida do troca. Houve aqui algum passo da nossa evolução enquanto desportistas que foi ditado pelos fabricantes e vendedores de material de paintball, de todos os anos nos apelar à necessidade de comprar algo novo que não precisamos e pode até ser pior do que vamos despachar por um valor miserável. É sobretudo irónico aquirir um produto novo e "melhor" numa era em que procuramos cumprir limites de bps, jogamos menos tempo seguido entre recargas de ar e usamos e disparamos menos tinta...

Fica o convite para colocarem nos comentários, o vosso primeiro marcador de competição e preço.

Jaime Menino

24 April 2009

A Primeira Tempestade, Trolls vs Lvsos


Trolls vs Lvsos (lusos). Depois da tempestade vem a bonança...

Foi no minimo uma rivalidade interessante que acontece muitas e muitas vezes, e o que torna ainda mais caricato é o facto que ao fim de alguns anos, após se separar o trigo do joio agora o trigo está todo junto...

Tudo começou com os Trolls serem apelidados como a equipa de competição dos Renegados. O aparecer desta ponte entre o recreativo e a competição deu entrada a mais jogadores fazerem o mesmo, darem aquele salto para o meio competitivo. Foi o caso da criação das equipas como os Lusos que se estrearam numa prova do Tomahawk Tour em 01/02, mais tarde dos Fénix que se estrearam na Copa Ibérica 02/03, e muitos mais jogadores que se dirigiram para várias equipas de competição desde sempre. Mesmo hoje em dia se arranjasse um crachá para identificar todos os jogadores de competição que começaram ou passaram nos Renegados, iria surpreender muita gente a quantidade de jogadores com o simbolo.

Mas naquela altura, os Lusos foram considerados por alguns dos Trolls como uma ameaça para a equipa...

Quando entrei para os Trolls (Setembro de 2001) havia duas claras facções entre os cinco elementos da equipa: José Santos, António Santos e Paulo Delgado eram uma, a outra era o João Loureiro e o Mário Santos. Essa segunda facção foi dominada e excluida (ou auto-excluida) da equipa, no que pareceu uma autêntica série do "Survivors" e a guerra fria por controlo da equipa. Na facção dispensada, como motivo da sua exclusão, foi o existir de um excesso de interesse (tão excessivo que se juntaram a essa equipa) pelos Lusos quando estes apareçarem no fórum dos Renegados, basicamente na altura da criação da equipa pelo Paulo Carrilho.
Os restantes Trolls viram nisso uma ameaça a vários niveis, desde: recurso a jogadores (facto que se tornou real), foco de atenção, uma falta de dedicação à equipa de origem, e mais uns rivais.
A desavença real entre ambas equipas começa com o João Loureiro após a quarta prova do Circuito Zap em Portimão, no jogo seguinte dos Renegados, anunciar à equipa que pretendia no final da temporada juntar-se aos Lusos, e que ia já nessa época começar a ajuda-los noutro circuito. Foi algo que não caiu bem, e visto os Trolls terem tantos jogadores naquela altura para rodar em 5 man, ele foi convidado para sair da equipa mais cedo.

Logo aqui começa uma rivalidade descabida entre as equipas, e os restantes elementos em trocas de acusações e roubo de jogadores, como se pode imaginar.

Nos Trolls, a segunda facção, o excluido João Loureiro a meio da temporada 01/02 e o Mário Santos no final da mesma, era um dueto de amizade com outras ambições e principios diferentes pelos os quais a equipa se regia na altura na politica de Fairplay. Pequenas coisas, aqueles atritos insignificantes que todas as equipas tem, e diferenças de principios (os da maioria na altura). E esta dedicação destes dois a este novo núcleo a somar com a participação do Mário Santos numa prova do Tomahawk Tour com os Lusos, que acabou com uma discussão com o PCO (os Trolls a imaginar a sua reputação a ir por água abaixo, pela discussão ter sido encabeçada por um "troll"). Nada favorecia o entendimento entre as duas facções nos Trolls ou entre a relação das duas equipas.

Surpreendemente esta rivalidade entre as equipas foi tomada como o ser do Benfica (futebol) ou ser do Sporting por elementos exteriores às equipas, e até ao meio dos Renegados com piadas e apostas a brincar, o que ainda inflamou mais a relação entre os vários elementos.

Chegamos na altura a falar com o criador por detrás da equipa, Paulo Carrilho, sobre os principios diferentes dos jogadores que ele tinha ido buscar aos Trolls não serem os mesmos que o resto do pessoal e mesmo assim demorou um ano a este núcleo chegar à mesma conclusão e fazer o mesmo processo de purga antes feito nos Trolls, mas de forma diferente, criando os Psycho. Curioso que quem ficou para trás e tomou conta do forte foi o Mário Santos que ainda manteve o nome da equipa (Lusos) e foi porta de entrada de muitos jogadores.

Mas como podem imaginar foi um porta estandarte nos Trolls nunca terem perdido em campo contra os Lusos, ainda foram alguns jogos, e recordo-me bem de uns poucos. O primeiro encontro na primeira prova da Copa Ibérica 02/03, no indoor em Espinho em 2002, cujo video coloquei no youtube --> http://www.youtube.com/watch?v=_9hUENRTYY8

Um na Copa Ibérica no Penteado onde começando com uma desvantagem após o pré ganhamos o jogo na mesma (basicamente o jogo onde eles tiveram a melhor oportunidade de ganhar), e no ZEAO em 2003 onde o último jogador deles eliminado foi o Luis Miguel com uma e-mag avariada a ser "forçado" a sair de campo sob o olhar dos canos dos marcadores, uma prova onde eles já mostravam uma união diferente ao seu inicio...

Em suma, anos mais tarde, após uma temporada como Lusos e duas como Psycho os Trolls foram buscar o trigo, na pessoa do Robert Mendes e o Pedro Alexandre "Teddy". Tinhamos excesso de "front players" (ou pelo menos com essa mentalidade) e precisavamos de criar uma sólida e experiente linha traseira, feito conseguido. E que fique para o recorde que não me recordo de vencer uma vez aos Psycho...
Fica aqui o site dos Lusos - http://lusos.no.sapo.pt/
E os destaques do video no youtube: O PCO está a arbitrar, é a pessoa de grande porte mais perto da rede.No final do jogo tenho uma conversa longa com o Miguel Sousa (árbitro), sobre pedir checks. O João Carriço (primeira prova nos Trolls) está cá fora à conversa com o João Loureiro que comenta a brincar no final "batoteiros". Quando todos crescemos ao fim ao cabo a rivalidade real era em campo.
Jaime Menino

22 April 2009

Z.E.A.O. 2002


Z.E.A.O. Zap European Amateur Open.

Foi em 2003 no Algarve, a última prova internacional em Portugal com este nome. Um torneio aberto a todas as equipas, em formato de 5 man centerflag e escalão único Open, que em várias fases se dividia conforme os resultados na primeira ronda de jogos, em dois escalões em 2002 e três escalões em 2003. Nas duas edições a que fui, em 2002 e 2003, a prova tinha a dimensão de uma das maiores provas de 5 man da cena Paintbolistica. Igual a um Camp Masters em Paris ou mesmo um Skyball no Canadá. Em 2002 teve equipas de todo o mundo paintbolistico, com equipas desde dos EUA à Rússia e inclusivé uma equipa dos Renegados, que rodou com vários jogadores que vieram dar um pézinho na competição.

Também foi uma das provas de estreia dos Lvsos (isto então é outro post gigante).

Os prémios finais dados pela marca ZAP eram a sério e bons: uma entrada na prova Skyball com todas as despesas de prova pagas (entrada e tinta), e uma tabela de premiação que era bastante generosa.

Mas voltando à edição de 2002, a prova foi nas excelentes instalações turisticas do campo de Tróia, com zona de jogadores indoor e piscina com um excelente fim de semana cheio de sol. Foi sem dúvida a melhor prova em território nacional que alguma vez joguei. Aos Trolls não correu da melhor forma, já tinhamos em mente a próxima temporada onde passariamos a jogar 7 man, tinhamos feito três contratações, mais tarde cinco (passando a ser onze Trolls no inicio de 02/03) e basicamente nós eramos uma nódoa em 5 man, um formato que sobretudo quem rodava tanto de jogadores em campo como nós (7/8 por prova) não se safava. Também já andavamos a planear de alguma maneira, quem se iria cortar no final da primeira temporada. Pessoalmente também foi uma prova péssima, perto de onde eu morava no grupo desportivo decidiram fazer baile, que durou até às 4h00, e basicamente não dormi...

O ZEAO estabeleceu-se como a "bicicleta" no final da temporada, o prémio que todos mereciamos... Não havia equipa nacional que não estivesse presente, porque a prova reunia o que era importante: bola boa, boa competição, boa arbitragem, prémios e condições.

Fica um jogo das finais com os Mighty Ducks (actuais S.L.B.). Que nesta altura andavam a correr bastantes provas Europeias com nome de Centerflag Europe e a obter excelentes resultados. --> http://www.youtube.com/watch?v=Aplm8XB7guY

Fica a lembrança de duas boas provas internacionais, verdadeiramente apoiadas por uma excelente mas desaparecida, marca de tinta.
Jaime Menino

20 April 2009

Jerseys - Metralhas


Jersey - A vestimenta que um jogador de paintball usa, sobretudo para se identificar com a sua equipa. Escrevo sobre o peso de uma jersey não o peso literal mas o peso figurativo. A jersey de uma equipa transporta vários pesos, várias mensagens e sobretudo responsabilidade (depende da equipa). Hoje uma equipa sem jerseys é um sinal no minimo de desleixo, ou até mesmo de fraqueza, quem sabe uma falta de orgulho. Uma equipa com jerseys diferentes pode ser um bom sinónimo de desunião. Uma equipa sem simbolos que a representem ou sem recheio para encher as jerseys, pode ser muita coisa, mas sobretudo um sinal de que não são alguém a ser seguido ou respeitado.

"Ontem" arranjar jerseys era uma aventura titânica. Quantas pessoas não tem histórias de como arranjaram jerseys, ou de como foram enganados, ou como tiveram de se desembrulhar para as fazer.

Deixando esta introdução, vou falar das jerseys que eu acho que tem maior significado. Não por causa de apenas resultados, mas pela sua integridade e sobretudo em parte por admiração a quem as preencheu e os seus feitos.

A jersey mais nacional e com mais peso.

A jersey dos Metralhas que está na foto de cima, não a actual que é horrivel desculpem-me dizê-lo mas é a minha opinião, foi uma das jerseys nacionais com mais peso. Certamente há equipas com melhor curriculum de resultados em prova, mas essas seguiram a via "americana" e adoptaram uma jersey completamente diferente todos os anos, marca diferente, cor diferente, maior parte das vezes sem identificação sequer do jogador.

Mas a jersey dos Metralhas foi sempre a que trouxe mais porte para campo, mais integridade, sentido de unidade, diversão. Eu pelo menos vi-a jogar ainda uns bons anos em campo, pelo menos três. E sempre que a vi em direcção ao campo, era sinal que iria haver um jogo digno de se observar e provavelmente aplaudir:

Foi num jogo deles que vi o primeiro Dead Man Walking ao vivo com resultado brilhante (Metralhas vs Paintoon, quinta prova circuito zap, Gaia, Canelas), e na prova a seguir fiz um, a menor escala, com o mesmo efeito no resultado (Trolls vs Suicidal Team, sexta prova do circuito zap, Gaia).

Foi assim no MegaCampeonato em 2002, onde em Lisboa os Metralhas conquistaram o primeiro lugar desta prova do Millennium Series (Em Novice de três escalões: Profissional, Amador e Novice), um feito que pode ser abaixo de outras equipas noutro escalão acima (duas equipas Portuguesas em Amador: Rasteiros, Centeflag Europe), mas era digno de ser respeitado, seguido e aplaudido. Eu vi com os meus olhos, e enquanto público estava lá para desejar boa sorte e torcer por eles até porque foram finais excelentes. Só podia desejar tentar fazer o mesmo e quase o fizemos (Trolls) no ano a seguir em Amador B (Segundo escalão de quatro: Profissional, Amador A, Amador B, Novice).

Foi a jersey deles que mais vezes vi no Millennium, e em todas as provas "justas" e boas, mas que infelizmente não tiveram o que mereciam, por defeito próprio, a vitória final.

Eu não conheço as histórias das jerseys dos Metralhas, provavelmente tem alguma importância, e claramente o desenho actual vem para responder à horda de jogadores novos que entram e saiem e não tem nenhuma identidade com o peso da jersey. Se quiserem saber mais sobre a equipa, dêem um salto no site. --> http://www.metralhas.com/
E se quiserem ver um video, dos mais antigos que tenho dos Metralhas, na segunda prova do CircuitoZap 01/02, em Arruda dos Vinhos em 2001. Este jogo ganharam, porque tenho um em Santa Maria da Feira onde perdem com os Mighty Ducks, mas isso é outro post...
Jaime Menino

17 April 2009

OLD SCHOOL vs Youngblood


Isto é um daqueles textos que se começaste a jogar Paintball depois de 2004, é melhor não leres, porque não é para ti e pode dar azia!

É um texto de agradecimento a quem cá anda à mais tempo, e comeu figurativamente o pão que o diabo amassou e sobreviveu sem dar uma de "winy bitches" nos fóruns, ou a ser "kiss ass". O que eu não acho do mais ridiculo ler comentários que a bola mesmo quando é a maior caca, é a melhor bola que já usaram. O que me deixa a vontade de perguntar se já usaram Hellfire ou Medievil vinda de um camião directo da fábrica? Ou vocês quando vão ao McDonalds comer um hamburguer a seguir também vão para o fórum dizer que foi o melhor bife de vaca que comeram?

Quem esteve na quinta prova do Circuito Zap em Gaia, Canelas, a jogar em gravilha. Quem foi à segunda prova da Copa Ibérica na temporada seguinte, que teve de jogar em partes de alcatrão despejado no leito de cheia de um riacho de uma vila perdida em Espanha, e no final foi confrontado com um autêntico Jabba the Hut.



A pedir mais dinheiro pela caixa de bola, do que estava anunciado pela organização.

Em suma, na altura dedicavamos o nosso tempo que muitos hoje gastam nos fóruns, a tentar treinar. Campos de treino, como já há hoje em dia não existiam. Locais para treinar eram só para alguns e só de vez em quando.

E o pior era juntar a equipa toda e saber o que treinar.

Aprendiamos com os artigos online, com as dicas de quem sabia mais um pouco e com quem tinha uma ideia de como treinar. Ou seja faziamos snap shooting sem grande sentido.

Foi por comer este pão que numa altura os jogadores sabiam estar gratos pelo que tinham e ao que de novo surgiu, ao esforço. Esses mesmos que hoje em dia arrumam as botas e saiem de cena com os novos empregos, familias e demasiada falta de tempo para um hobby, e sobretudo sem paciência para o "sangue novo".

Um sinal de respeito a vocês, que na altura, alguns, até criticaram as mudanças mas souberam aceitar e reconheceram o trabalho de poucos para todos.

A quem criou os campos de treino (Penteado). A quem criou as provas e organizou os torneios. A quem aguentou até hoje e durou os desafios ou aceitou os novos (Metralhas, Triball, X-team.)

Um Obrigado por terem cá estado, foi o vosso contributo, e foi bem melhor do que se vê hoje em dia.

http://copaiberica.home.sapo.pt/ <- Cuidado, "dark ages" do Paintball.

Jaime Menino

16 April 2009

TROLLS, o inicio.


Um Troll tem vários sinónimos no vocabulário de hoje em dia. Um desajeitado, uma pessoa que aparece num fórum ou qualquer meio social a provocar distúrbios, uma criatura como a da imagem ou uma das várias interpretações artisticas. Mas os Trolls, eram outra história...


Se repararam já coloquei um video novo no youtube, tem acesso mesmo aqui ao lado. <--- TROLLSvsPintabolas - Circuito Zap. ---> http://www.youtube.com/watch?v=JiBx0Z4nkH4


O primeiro comentário que tive de um jogador "actual" foi: "Vocês jogavam tão mal". Sim é verdade jogavamos mal! Era a primeira época de uma equipa que traçou objectivos pequenos e que nem tinha grandes ambições. E mesmo os objectivos eram separados entre elementos da equipa. Os que ficaram mais acentes foram cumpridos e este jogo era um dos objectivos.


- Vencer uma vez a cada equipa no decorrer da temporada.


- Ficar acima no ranking das equipas que consideramos inferiores no inicio da época (Não eram muitas).


Como podem ver metas pequenas para se atingir satisfação para um bando de jogadores que vinha dos jogos recreativos e lá se tinham conhecido. Jogadores e equipa apelidados como os gajos dos Renegados, que faziam publicidade do grupo nas provas, e nos jogos recreativos fazia publicidade à competição. Fizemos a ponte de ligação entre o mundo de competição e a maior fonte nacional de jogadores novos com grandes efeitos e consequências.


A equipa foi formada por: António Santos, José Santos, Paulo Delgado, Mário Santos, João Loureiro, penso que teve mais um elemento conhecido dos irmãos Santos. Mais tarde convidaram o meu irmão e eu fui como pacote. Para a história fica o convite que o João Loureiro fez ao meu irmão por minha via num jogo dos Renegados, com um pedido de desculpas a dizer que o convite não se estendia a mim, e nesse mesmo dia a seguir o António Santos convida-me para entrar na equipa. O Pedro Reis entrou apenas na segunda prova, e lembro-me bem de ele vir ter comigo e dizer que nem tinha dormido como deve ser, e tinha ficado a ver o Push. Era assim para nós todos, até com cada minuto num jogo a entrar em "bullet mode" e parecer horas...

Neste video do Circuito Zap, o mais parecido com um campeonato nacional organizado pela Ponto de Mira e Milicia e com apoio da marca ZAP, onde cumprimos parte de um dos objectivos da equipa na temporada podemos observar vários detalhes: A qualidade do campo, até pedras tinha e não foi nem por vias o pior campo da temporada. A quantidade de árbitros, ao menos estes eram esforçados e não estavam ressacados ou por atingir ressaca. As cadências em semi, reais e apenas com os dedos, e a duração dos potes às costas. A inexperiência da equipa, o aparecer de diferenças entre os niveis dos jogadores. A falta de técnica e os movimentos mais estranhos. A nossa vitória frente aos veteranos Pintabolas que pertenciam claramente ao escalão superior e que tenho ideia que ganharam o Circuito.

Jaime Menino

P.S. Vejam o video no youtube, coloquei alguns comentários ao longo do video.

14 April 2009

Os meus dois cêntimos...


Vou começar a escrever em mais um local...

Acho que é uma boa altura para começar a escrever as muitas histórias que tenho colecionado ao longo destes anos desta modalidade que envolveu e se tornou parte de mim. PAINTBALL. Se pelo menos o jogo, o hobby, não vos cativar, espero que os meus relatos vos cativem.
Vou escrever comentários sobre muitos temas e simultaneamente com este blog vou colocar muitas "pérolas" no youtube.
Espero que apreciem, este blog pessoal!

Jaime Menino