29 September 2009

Ramping - O equilibrio


Hoje vou dedicar um post a uma das novidades que foi introduzida no paintball que nivelou a capacidade dos jogadores dispararem, foi sobretudo um subir da média de disparos efectuados pelos jogadores bastante benéfico para as marcas de tinta à primeira vista mas que veio equilibrar uma corrida louca.

O Ramping legal não foi mais do que uma medida de controlo e nivelar o que muitos (PRO's) faziam de forma ilegal principalmente com especial incidência em 2004.
Marcadores como matrix e intimidators, existentes desde 2002, com loaders superiores ao normal VL eram super simples de colocar em formas inseguras e potencialmente mais rápidos. O que causou que outras marcas fizessem mesmo produtos com batotas para acompanhar.
Começou a era da publicidade da velocidade. Uma das rampas de lançamento da corrida foram produtos como este e videos: Matrix NYX e o advento de olho e Halo - http://www.youtube.com/watch?v=Xa6fxt3wtwQ
Há bastantes da WDP com o Marcus Nielsen e foi por este tipo de coisas que começou a corrida à velocidade, isto antes de começar o primeiro ano da NXL em 2003.

As principais marcas a seguirem a corrida foram a WDP, a Planet com o seu e-blade também "altamente sensivel". Mas também nesta altura começam a aparecer marcas de placas (aftermarket).

Associado ao ramping legal apareceu a medida de segurança dos Rof Caps, que ainda hoje se mexe e desce na procura de segurança e para tentar diminuir os jogos parados.

Mas porque surgiu a necessidade, ou de onde surgiu este fenómeno? Porque simplesmente os jogadores não se ficaram por material normal, sem problemas e tudo feliz em semi-auto?

Competição. Competir e ter que ganhar, isto é a força motriz por detrás dos primeiros problemas com a velocidade e cadências.
Nada desta evolução teria acontecido sem o crescer da velocidade dos loaders e com o surgir do Halo e em parte o VL evolution 2 (ovo). Loaders que alimentavam 20 ou mais bps versus o velhinho VL que a maioria dos jogadores usava, que com sorte e pilha boa poderia chegar às 12bps.
Rapidamente toda a gente chegou à análise simples que disparar muito em determinadas ocasiões era benéfico para os planos de equipa e os layouts dos campos assim o ditavam, mas enquanto uns desenvolveram técnica outros fizeram uso da tecnologia.

Tecnologia como: a WDP/Angel com boards com cheats de origem que simplesmente estavam lá sem sequer haver uma explicação no manual. O mercado aftermarket com a Speedy (actual Virtue) a vender boards com o simples propósito de ter modos de disparo escondidos, foi tão grave que chegou-se a banir os produtos desta marca da NPPL.
Também abertamente aos jogadores em geral as matrix e as intimidators aliadas com um Halo eram assombrosas bem mais fáceis de disparar, em comparação ao que existia antes, mas também mais fáceis de as ter em modos super sensiveis só com o que vinham de origem. A quantidade de jogos e jogadores suspensos com estes dois modelos de marcadores foi impressionante de 2002 até e em 2004.

Então em 2004 começou a ser um problema de tal modo que na 4ª prova da PSP na NXL se criaram as regras do modo de ramping legal, 3 tiros em semi, a partir daí full auto limitado às 15 bps.
Foi inicialmente assombroso pensar no full auto, mas no entanto provou-se bem mais seguro de alguns supostos semis autos.
Em 2005 o ramping nas 5 bps de gatilhada foi generalizado a toda a PSP, e informalmente colocado no MS que não tinha regras definidas a proibir no inicio da temporada. Basicamente na prova da Alemanha, a primeira, toda a gente o usou. Na Holanda foi usado legalmente. Em Paris e restantes passou para 7,5 bps na gatilhada (praticamente a mesma coisa para quem dá 5 bps).
Em 2006 e 2007 ambas os circuitos mantiveram, até em 2008 começarem a baixar o rof cap.
Agora em 2009 assistimos ao rof cap de 10 bps que é na minha opinião ridiculo até pelas justificações (ou falta delas) sobretudo para os fabricantes de material, mais valia voltarmos para semi ao fim destes anos todos, e garantir que os fabricantes de material cumpriam normalizações no seu material.

Já agora em Portugal fizemos a adaptação para o modo PSP em 2006/2007.

Jaime Menino

Chances da Fortuna no Millennium Series


É um post curto com mais mal dizer relativo ao Millennium Series.

Já viram que o MS para esta última prova na Turquia está nas melhores inovações e alta qualidade?

Para começar a prova tem nome de fabricante de armas de pequeno porte. Para uma Europa em luta com a lei de armas e uma constante luta do Paintball com desassociar de armas e guerras foi sem dúvida a "cereja" da hipocrisia de promoção de paintball. Sem falar de mais uma temporada curta e mais cara que algumas das temporadas mais longas.

Vão fazer sessões de treino no próprio campo onde as equipas vão jogar. Uma hora a 200€ por equipa, com duas equipas por hora. Com um campo isto equivale a uma receita extra de 4800€ para as doze horas que o campo irá estar aberto de acordo o anúncio (das 10h às 22h). Eu se fosse às marcas de tinta embarcava nisto da seguinte forma vendia a tinta mais cara na prova, porque se tem dinheiro extra para vir um dia mais cedo treinar, tem dinheiro extra para pagar mais pela tinta.
Treinar no desenho do campo da prova é bom, mas treinar no campo da prova é muito bom, aproveitem os "ricos" porque vão sem dúvida sair beneficiados.

Jaime Menino

19 September 2009

Arbitragem Profissional - Londres 2004


(Campaign Cup no Crystal Palace em 2002)


Londres foi a última prova que arbitrei do Millennium Series, depois desta prova dediquei-me a jogar apenas no Series além dos convites continuarem a surgir. Não era a última prova da temporada, essa foi Malaga, mas foi a última prova da EXL e a última vez que se jogou x-ball puro no Millennium Series. Foi o final de dois anos do formato de X-ball que simplesmente não pegaram na Europa. Em 2003 com a Nations Cup de onde a Suécia saiu vencedora, em 2004 com a EXL financiada com dinheiro da ProCaps/Draxxus.

A prova Campaign Cup (Londres) depois de vários eventos nos anos anteriores terem se realizado no crystal palace, desta vez foi num ermo perdido ao pé de Londres em Escher, uma localidade tipo vila nuns campos de rugby com uma daquelas clubhouses tipicas. Foi uma prova com assinatura tipica do dono da empresa Campaign, com melhorias significativas na parte de organização comparativamente a outras provas. Só mesmo o local e altura do ano não eram simplesmente as melhores para esta ser considerada uma das melhores provas em 2004. Londres e o verão britânico já são populares pelo tempo ranhoso, por acaso não foi péssimo mas foi sempre sombrio aquele Setembro de 2004, a somar a isso a atenção mediática foi para Las Vegas na NPPL que tinha prova no mesmo fim de semana e roubou mais um pouco do brilho desta prova.

Para mim foi uma das melhores provas, com a organização a providenciar um mini bus para os árbitros, uma cleaning crew para os campos, um hotel com pub restaurante ao lado com uns hamburguers no prato e tarte maçã e gelado divinais. Enquanto a comida na prova era multicultural que é sinónimo para mixórdia asiática feita por britânicos (grego alert), com pequenos almoços de chá e sandes de bacon (cozido), almoços de porco agridoce com noodles, ou porco quase assado sem sal...

Esta prova teve dois pormenores de facto diferentes do habitual, e que era muito comum nas provas antigamente. A organização fez um DVD da prova (também há um da prova de Paris de 2004), e arranjou forma de equipas Americanas virem à prova, nomeadamente os Trauma e os All Americans juntaram duas linhas e formaram a Draxxus Factory Team, que veio jogar no escalão de Open X-ball. Pequeno facto histórico nessa altura aconteceu o namoro entre os All Americans e o Jason Trosen (actual treinador dos AA) que na altura era jogador dos Trauma. O outro pormenor foi que organizaram um jogo de exibição na quinta feira entre os invenciveis Russian Legion e esta equipa e foi fenomenal, porque era uma das primeira vezes que uma (duas neste caso concreto) equipa da NXL defrontava os Russian Legion. Já agora em vez de nos pagarem esse dia pagaram-nos o jantar (pizza no local da prova).
Sobre o encontro de exibição, que se diga que após a vitória dos Russian Legion frente aos Dynasty em Agosto de 2004, todas as equipas da NXL afirmaram que iriam espancar os Russos como eles fossem básicos (como em 2006 se veio a ver com a integração da divisão open com a NXL). Tal não aconteceu muito pelo contrário até quando os Russos no ano seguinte integraram a NXL.
Já agora os russos ganharam o jogo de exibição, jogo o qual tive atarefado a perseguir marcadores, pois antes do jogo quando as equipas pediram para os testar, diria que 75% não passaram, aliás no DVD está uma mini entrevista a um americano no público que diz que os árbitros estão a perseguir os jogadores americanos (ya coitados).



A EXL e a prova em si foram bastante calmas, porque como já escrevi, ao mesmo tempo desta prova decorreu a prova da NPPL Las Vegas e quase todas as equipas mandaram as suas vedetas para a NPPL, 2004 foi o ano de classificação para o escalão fechado na temporada seguinte. Logo os Joy Division eram compostos por um ou dois dos habituais e montes de gajos dos Hardcore e Hypnotize. Os TonTons eram compostos por uns tótós que jogavam na div 1, de nome X-men salvo erro. Os Nexus, os Tigers e os Shockwave eram compostos por restos britânicos cada equipa deixou um ou outro trunfo na europa para fazer número.
Os Ugly Ducklings trouxeram a equipa toda em peso, assim como os Ignition e os já super profissionais Russian Legion.

Para quem leu ou seguiu os outros episódios da arbitragem profissional e da EXL, leu que os Russian Legion dominaram este campeonato, seguido pelos Joy Division.
Os Ton Ton estavam numa fase de transição e a apostar desde 2003 na NPPL, por isso os resultados não eram muito relevantes em X-ball, até visto que a equipa andava a viver de velhas quase glórias (Huntington Beach 2003 2º lugar).
As três (exagero de tantas equipas do mesmo país) equipas britânicas (Nexus, Tigers, Shockwave) estavam a competir entre si para ver quem acabava em melhor posição, ou quem marcava mais pontos contra os Russian Legion (campeonato dos peixinhos).
Os Ignition vieram parar sem querer ao meio PRO da EXL, talvez por antiguidade, porque existiam e existem toneladas de equipas suecas e do norte da europa bem melhores.
Mas os Ugly Ducklings, os Dinamarqueses, eram raivosos e queriam a bem ou a mal ser algo que não eram (gloriosos talvez). Ganhar no campo era facto que eles não conseguiam, e todos os jogos deles, eles achavam que estavam a ser roubados na secretaria, quando eram uns atrasos de vida a recolherem penalizações seguidas. Mas depois do episódio da Noruega aconteceu o "impensável" (para alguns), o Soren dos UD ameaçou um jogador dos Ignition que o ia esfaquear "lá fora", e visto que esse Soren se diz que era/é chulo/traficante e tinha lá a mulher e o seus dois filhos a assistir à prova, foi uma situação no minimo estranha e bizarra de se lidar, que provavelmente tinha sido evitada se o comissário europeu (Steve Morris) e o Boogie (chefe de campo), o tivessem castigado além de ter sido expulso na Noruega. Aposto que aí não tinha escalado a isto...



Fora este episódio os jogos correram bem, e a final foi pela quarta vez entre os Joy e os Russian Legion, e de facto o jogo mais renhido dos RL em toda a EXL foi o seu primeiro das preliminares em londres contra os Ignition, que sendo a equipa com menos expectativa de resultado, mais lançou contra os super técnicos e agressivos RL.
Os Russian Legion com a quarta vitória nesta final, sagraram-se assim os vencedores da EXL com zero derrotas no decorrer da temporada, nem sequer perderam nenhum jogo ao intervalo, e maior diferença de pontos que estiveram a perder foi de dois pontos. Com este recorde aliado ao facto de terem ido à quarta prova da PSP ganhar frente aos Dynasty, os RL estavam na senda para se tornarem numa das equipas dominantes do circuito de Paintball profissional.



No final da prova foram feitos os devidos agradecimentos e discursos de temporada. Os Draxxus Factory venceram a prova em Open X-ball, mas tenho ideia que o final desta divisão foi ganho pelos PowerTrip, depois de 2005 se terem qualificado para CPL, não conseguiram em 2006 vingar num formato que já tinham alguma experiência.

No regresso da prova tive de carregar com cinco euro angels aqduiridas na mala para os Trolls, parte do novo acordo entre a equipa e o seu novo fornecedor Estratego foi um excelente desconto em aquisição de material. No aeroporto eles adoraram passar o detector de bombas nos carregadores dos marcadores que coloquei na mala de carry-on, e por coincidência tive de abandonar o aeroporto por ameaça de bomba. Duas das horas mais interessantes da minha vida, quarenta minutos a andar a um passo por cada cinco minutos, e mais de uma hora para voltar a entrar...

Jaime Menino

13 September 2009

M.I.A. - Tiago Peixoto

Primeiro capitulo desta nova temática de nome M.I.A. (missing in action).
TIAGO PEIXOTO - Para quem não conhece, começou a sua carreira no paintball sobre a asa do Miguel Sousa. Apresentava a sua história de vinda para o Paintball como o amigo do "padeiro" do gang dos TnT.

Era um jogador de porte atlético e sempre interessado na modalidade a nível nacional e internacional a seguir os resultados, o material, etc... A única Matrix Ironmen que há em Portugal era dele, um género de marcador o qual ele ficou seguidor, e em muito influenciou outros para a tendência.

A jogar começou com os "Kidz", Kidz Redz, Independent. O bando de "miúdos" que eram compradores do material do Miguel Sousa (longa história), que ainda foram muitos.

Tive o prazer de jogar duas vezes com ele, ambas bons resultados para um grupo de mercenários a querer dar uns tiros. Em duas provas onde fomos dar um pézinho no RLX em 2005 e 2006. Dois segundos lugares respeitáveis sobretudo em 2006 a competição era bastante boa e sólida demonstradora de qualidade das equipas. Tenho algures um video de um dos jogos da primeira prova que jogamos, se achar coloco no Youtube.

Os grandes feitos da sua carreira nacionalmente foram: os Kidz conquistaram no primeiro ano da L.P.P. o primeiro posto em Amador 7 man, frente aos Psycho. No segundo ano os Kidz passaram a ser os Kidz Redz mais tarde Independent, subiram a Pro e foram a única equipa que ganhou uma prova na L.P.P. por acaso a que os "5 de Paris" arbitraram, e acabaram na terceira posição.

Durante estas temporadas teve muitas participações com os Kidz no Millennium Series, algumas com algum sucesso, outras apenas para fazer número no resultado.

No terceiro ano dos Independent surgiram os Estratego Damage que não foi mais do que uma linha de salvação à equipa Estratego após um ano mediocre sem os "5 de paris" e como tal não resultou tão positivo como esperavam mas ainda assim conseguiram de novo o terceiro posto na temporada.

Por fim a sua última temporada foi 06/07 com os X-Team Voodoo onde apenas jogou no inicio da época e desapareceu para os laços do matrimónio, ficando a equipa com um nono posto.

Ficou por se mostrar em X-ball um formato que sempre quis experimentar, e as únicas duas provas da Liga de X-ball que existiram em Portugal em 2004, a equipa dele (Kidz) arbitrou.

Jaime Menino

11 September 2009

CULTURA DO DEIXA ESTAR



Hoje é um post complicado. É um ensaio sobre a maioria dos paintballers portugueses, com uma lista de questões para reflexão.

Vamos recapitular os factos que levaram ao meu desenvolvimento pessoal nesta modalidade, para talvez compreenderem-me melhor os que possam ainda não compreender...

Comecei a jogar competição em 2001 na temporada de 01/02, na altura havia o CircuitoZAP com oito provas anuais onde todas as equipas jogavam sete pois um dos resultados era deitado fora no final (em resumo demasiadas provas). Era organizado pelas principais empresas nacionais: Milicia, Ponto de Mira, o Pedro Almeida proprietário da Emboscada também por lá andava pelo menos a jogar, assim como o Fernando Pimenta proprietário da Soldiers. Tinhamos no final do ano o Z.E.A.O. mas isso era de expressão e motivações exteriores promovido pela marca de tinta ZAP.

Paralelo a isto havia um pequenissimo Tomahawk Tour, nem se notava a sua existência, os "da casa" sabiam que existia, mas dava para perceber que competição não era o nicho favorito de negócio da então solitária Estratego. Recreativamente havia os Renegados. Todo o restante paintball eram os campos comerciais.

O que mudou para a temporada seguinte de 02/03, os fornecedores e comerciais de paintball interessados no meio competitivo juntaram-se com pequenas boas intenções (juntar todas equipas) e muitas intenções comerciais, em resumo fazer mais dinheiro. Passamos de uma época desportiva mediana (CircuitoZap) para uma péssima (Copa Ibérica). Um concurso de organizações a nivelar por baixo com constante apontar de dedos, aquela mentalidade muito portuguesa de "se alguém fez mal, eu posso fazer mal menos um bocadinho que já é melhor". Foi assim uma Copa Ibérica (reconhecem o protagonismo de um bom nome?), com dez provas uma delas em Espanha, e com a presença regular de talvez uma equipa espanhola, os Romanitos, os Tunel Rats apareciam de vez em quando (Secalhar deviar ter sido Copa Mundial, contando com algum possivel imigrante).

Muita gente simplesmente desmotivou de dar o seu amor e presença ao Paintball, algo completamente natural. Ver videos no Warpig das provas nos EUA, onde a prova mais cara em termos de inscrição e bolas seria o Ultimate Madness uma prova de 3 para 3 com prémios brutais (vejam pelos vossos olhos no PigTV.net), prova com menos recurso financeiro do que o investimento que algumas equipas nacionais faziam. Algo se passava mal, a balança de preço qualidade não estava nada ajustada. Maus preços! Péssima qualidade!

Isto deu, por vários atalhos e trabalho, na fundação da L.P.P., Liga Portuguesa de Paintball, alguns dos que nos sentimos inconformados juntamos e fizemos algo parecido com o que viamos quando recebiamos o Millennium em Portugal, e quando viamos videos dos EUA. A ajudar a motivação, a NPPL Super 7 tinha começado em 2003, era terrivel ver aqueles videos de Huntington Beach pela primeira vez e depois pegar no material para ir jogar no matagal arranjado para mais uma prova da Copa Ibérica.

Facto LPP - Objectivo número um criar uma competição acessivel de igual forma para todas as equipas, resolvendo um dos principais problemas, as equipas com mais fundos tinham mais hipoteses de ganhar no final.

A primeira temporada da LPP, a Ponto de Mira não quis aceitar fechar as portas a organizar provas, uma medida talvez sensata para alguns. Então decidiram contratar o André Clemente que se tinha tornado uma persona polémica no fórum dos Renegados por escrever determinadas afirmações "certas" ( e porque era amigo do Luis Cunha), e recrutaram (talvez inadvertidamente) os apoiantes (graxistas) da causa (que decidiram talvez por eles próprios) guerra de argumentos entre campeonatos (LPP vs RLX). Mas isto não é a parte relevante até porque o RLX apresentou-se com qualidade em média boa nas suas quatro provas, quer dizer a prova de Tróia equilibrava a média, porque o lamaçal no campo dos Pintabolas, ou o empedrado em Alcácer do Sal, fizeram-me abençoar o facto de nos Trolls estarmos a arbitrar todo o campeonato regional de LX.

A Estratego empresa que tinha acabado de reforçar-se na competição em termos de equipas, Mighty Ducks e Centerflag Europe (praticamente o mesmo) tornaram-se a equipa Estratego, e outros apareciam na LPP como equipas fornecidas pelas Estratego. Assim desta forma juntaram-se ao RLX, até uma prova de Tróia onde um funcionário desta empresa não teve a destreza para resolver problemas com os donos do espaço e provocar um incidente entre ambas empresas. Este incidente (mais toda a bagagem anterior) e todas as teimosias causaram mais tarde o nascimento do regional paralelo em Lisboa, Open de Lisboa.

No final da temporada (03/04) deu-se um dos acontecimentos mais importantes do paintball nacional, a contractação por parte da Ponto de Mira, da maioria dos jogadores da Estratego (equipa). Em resposta a Estratego empresa, assinou o fornecimento com grande parte das equipas nacionais.

Tivemos então uma temporada de (04/05) com a LPP a passar para cinco provas depois do primeiro ano com seis, RLX a passar das quatro para cinco provas, e o OLX a aparecer com cinco provas. Fora disto havia o TRN, lamento mas não tenho muita informação pessoal para comentar.

Não sei precisar, mas sei que foi talvez no final de 2005, o André Clemente foi despedido da Ponto de Mira, publicamente por embirração crónica com a equipa Paintoon (legitima ou não é irrelevante), e foi rapidamente contractado pela Estratego para vir fazer o mesmo tipo de operação de embelezamento que fazia no RLX para o OLX. Um bom promotor de protagonismo que quando está "frio" rapidamente tenta aquecer com polémica, muita vez de forma ridicula... (Breve descrição apagada, porque não vale a pena perder tempo)... (Get on my level! What?)

Fazemos um fastforward para o presente com a nota que todos os circuitos mantiveram-se com o seu número de provas, e a Sul começa a surgir vida em termos de competições. E pelo meio tivemos Rarissimas, Provas isoladas, etc...

(Qualquer pessoa que apoie um argumento ou uma causa sem sentido, ou é louco ou é mentiroso e tem algo a ganhar)

A parte relevante ao tema deste post.

Eu compreendo as equipas que não querem ter muita despesa e compromisso para jogar paintball e ficam pelos regionais, mais perto de casa sem alojamentos fora.
Também tenho olhos na cara para ver a qualidade e investimento das empresas nos "seus" campos.

Mas será que algumas pessoas que não conseguem evitar de dar a sua opinião, são tão débeis mentalmente como o fazem transparecer quando emitem argumentos ou opiniões? Ou o que ganham por serem graxistas, recebem à comissão?

E apoiar argumentos dos quais nem fazem parte e não vos afectam, ganham reputação dessa forma?

Será que alguns jogadores de Paintball precisam de um abraço paterno, e procuram substituto?

Será que ninguém se sente incomodado quando alguém muda algo que lhes diz respeito directo, lhes vão à carteira, mudam as bases de uma competição justa, monopolizam as vossas escolhas?

E o pouco que fazem é ficarem calados para não se prejudicarem contractualmente no euro que poupam por caixa? Ou pronunciam-se atrás de um teclado (vozes de mudo não chegam ao céu)?

Antes de virarem o bico ao prego - Também tenho criticos que não gostam das minhas decisões e trabalho mas gostava sinceramente de ver alguém fazer o que fiz, que faço, poderei e irei fazer da mesma forma interessada nos objectivos correctos. Convido no minimo todos a participar e quem me conhece aceito muitas ideias novas desde que me pareçam boas, úteis e correctas.

Não se deixem ficar no "deixa estar" e não sejam activistas do teclado, sejam pro-activos e façam acontecer para vocês e para todos nós, eu já fiz e faço a minha parte. Façam! Senão estou a "pregar para os peixes".

Jaime Menino, jogador de Paintball.

09 September 2009

NOVIDADES



Não pode ser só nostalgia senão enjoa. Hoje é um post fora do contexto dos outros anteriores do blog. Até porque tenho andado ocupado mentalmente para me lembrar de um bom post.
Como são capazes de ter reparado, mudei um pouco o blog, brevemente também irei dar uns toques ao meu site, criei uma conta no twitter pois pode ser uma boa forma de estar sempre em contacto com o dia a dia, para evitar algumas perguntas da praxe e partilhar nos rumores.

Para já relembro que o Curso de Certificação de Árbitros da F.P.P. está marcado para 17 e 18 de Outubro com a presença do Dan Fagan e o Toni Mineo, que vem fresquinhos do World Cup, provavelmente cheios de novidades para nós. Quem sabe se não iremos saber em primeira mão muitas das inovações ou boatos do meio PRO.

Neste momento já tenho 80% do Campeonato Nacional da F.P.P. (locais) planeados, pretendo ter a 100% ainda este mês. Conforme for recebendo os protocolos das datas/campos, começo a fazer anúncio público no site da F.P.P. (http://www.fppaintball.org/), possivelmente também até ao final de Setembro. Relembro que a temporada só começa em 2010 (Fevereiro).

Aqui deixo um destaque de nostalgia. A primeira temporada da L.P.P. foi a mais apertada desde o seu planeamento até ao desenrolar. Desde essa altura foram bastantes provas onde fiz (fizemos) o possivel para termos todos a melhor competição e mais salutar, ao invés de gerir um concurso de popularidade, gerir um negócio de venda de bolas ou ganhar equipas com base em graxa ou ódio por algo/alguém.


"Regionais"
Na minha opinião pessoal como desejo de próxima época (género passas na passagem de ano), gostaria muito de ver todos os campeonatos baptizados com os nomes adequados sei que é utópico, mas... Seja quem for que os organize. Deixo as minhas sugestões:
RLX = Campeonato Alcabideche, Cascais, ou Ponto de Mira...
Open Portugal / Open Lisboa = Campeonato MegaCampo, Mafra...
Torneio Regional Norte = Campeonato Emboscada...
Regional Sul = Campeonato Azimut...
Open Centro = Campeonato Paintland ou da Usseira.
Regionais - São provas da região, ter umas quantas equipas de fora ok, 50% ser de fora é simplesmente bizarro.
Opens - são provas, regra geral únicas, abertas sem escalão.
Torneio - É um nome bélico: "Festa militar do tempo da cavalaria medieval." É inadequado para um Campeonato.
Nomes pomposos como adoptar Portugal, Regional, acho que já é altura de descer do pedestal, os titulos pertencem a determinadas e correctas competições. Fiz (fizemos) cinco anos de Liga Portuguesa de Paintball, porque eramos uma "Aliança" de jogadores que organizamos um campeonato de Paintball, esperei pela inclusão na real, registada e legitima Federação de Paintball para se baptizar como Campeonato Nacional.
Mas já sei que estou a ser utópico, porque a esta hora já deve ter sido vendido muito gato por lebre.

Mudando de tema, no mundo da net temos mais dois bloggers, além do possivel regresso de um anónimo ao mundo dos blogs. Bem vindos! Além de que um dos desejos de bem vinda acho que é a dobrar... Edit: Ao que parece o regresso do anónimo não se confirma pois o blog foi removido.

Se tiverem alguma ideia para alguma temática paintbolistica que queiram ver abordada no blog, coloquem um comentário. Senão o próximo post é sobre um jogador "promessa" desaparecido... Um daqueles exemplos que talvez ajude a darem graças ao que tem.

Jaime Menino

01 September 2009

WORLD CUP


Desde que há registo dos World Cups, inicialmente como NPPL depois como NPPL/PSP e finalmente como apenas PSP, tem sido estes os resultados. Apenas um está envolto em controvérsia e polémica. Que se diga que a equipa envolvida anos mais tarde veio de novo ganhar "series" com polémica à mistura...

1996 (NPPL, 10 man) - Aftershock.

1997 (NPPL, 10 man) - Image.

1998 (NPPL, 10 man) - Aftershock; Bob Long Ironmen ganham a Series.

1999 (NPPL, 10 man) - Aftershock; Avalanche ganham a Series.

2000 (NPPL, 10 man) - Ironmen; Ironmen ganham a Series.

2001 (NPPL, 10 man) - Dynasty; Aftershock ganham a Series.

2002 (NPPL, 10 man) - Aftershock; Ironmen & Dynasty ganham a Series.

2003 (PSP, X-ball) - Strange; Strange ganham a Series. NXL - Philly Americans, Series Oakland Assassins.

2004 (PSP, X-Ball) - Dynasty; Dynasty ganham a Series. NXL - Philly Americans, Series Oakland Assassins.

2005 (PSP, X-Ball) - Dynasty; Dynasty ganham a Series. NXL - Baltimore Trauma, Series Boston Red Legion.

2006 (PSP/NXL, X-ball) - Boston Red (Russian) Legion; Boston Red (Russian) Legion ganham a Series.

2007 (PSP/NXL, X-ball) - Ironmen.

2008 (PSP/NXL, X-ball) - Ironmen.

A equipa são os Dynasty e resultado é o World Cup de 2001. Durante 20/30 minutos os Aftershock festejaram a vitória até serem informados que por uma decisão de um 1:1 no último jogador daria uma penalização em pontos que seria o suficiente para os Dynasty os passarem na pontuação das finais.

Mas a intenção deste post é um pouco diferente.

Porque é que os Americanos jogam a última prova com maior vontade de ganhar, para se afirmarem como os campeões dessa prova onde o esforço de todo um ano culmina e se mostra quem são os melhores e cá em Portugal as equipas até faltam a essa prova ou vão fazer número? Será que "somos" derrotados à partida?

Fica a questão para reflectir.

Jaime Menino