24 April 2009

A Primeira Tempestade, Trolls vs Lvsos


Trolls vs Lvsos (lusos). Depois da tempestade vem a bonança...

Foi no minimo uma rivalidade interessante que acontece muitas e muitas vezes, e o que torna ainda mais caricato é o facto que ao fim de alguns anos, após se separar o trigo do joio agora o trigo está todo junto...

Tudo começou com os Trolls serem apelidados como a equipa de competição dos Renegados. O aparecer desta ponte entre o recreativo e a competição deu entrada a mais jogadores fazerem o mesmo, darem aquele salto para o meio competitivo. Foi o caso da criação das equipas como os Lusos que se estrearam numa prova do Tomahawk Tour em 01/02, mais tarde dos Fénix que se estrearam na Copa Ibérica 02/03, e muitos mais jogadores que se dirigiram para várias equipas de competição desde sempre. Mesmo hoje em dia se arranjasse um crachá para identificar todos os jogadores de competição que começaram ou passaram nos Renegados, iria surpreender muita gente a quantidade de jogadores com o simbolo.

Mas naquela altura, os Lusos foram considerados por alguns dos Trolls como uma ameaça para a equipa...

Quando entrei para os Trolls (Setembro de 2001) havia duas claras facções entre os cinco elementos da equipa: José Santos, António Santos e Paulo Delgado eram uma, a outra era o João Loureiro e o Mário Santos. Essa segunda facção foi dominada e excluida (ou auto-excluida) da equipa, no que pareceu uma autêntica série do "Survivors" e a guerra fria por controlo da equipa. Na facção dispensada, como motivo da sua exclusão, foi o existir de um excesso de interesse (tão excessivo que se juntaram a essa equipa) pelos Lusos quando estes apareçarem no fórum dos Renegados, basicamente na altura da criação da equipa pelo Paulo Carrilho.
Os restantes Trolls viram nisso uma ameaça a vários niveis, desde: recurso a jogadores (facto que se tornou real), foco de atenção, uma falta de dedicação à equipa de origem, e mais uns rivais.
A desavença real entre ambas equipas começa com o João Loureiro após a quarta prova do Circuito Zap em Portimão, no jogo seguinte dos Renegados, anunciar à equipa que pretendia no final da temporada juntar-se aos Lusos, e que ia já nessa época começar a ajuda-los noutro circuito. Foi algo que não caiu bem, e visto os Trolls terem tantos jogadores naquela altura para rodar em 5 man, ele foi convidado para sair da equipa mais cedo.

Logo aqui começa uma rivalidade descabida entre as equipas, e os restantes elementos em trocas de acusações e roubo de jogadores, como se pode imaginar.

Nos Trolls, a segunda facção, o excluido João Loureiro a meio da temporada 01/02 e o Mário Santos no final da mesma, era um dueto de amizade com outras ambições e principios diferentes pelos os quais a equipa se regia na altura na politica de Fairplay. Pequenas coisas, aqueles atritos insignificantes que todas as equipas tem, e diferenças de principios (os da maioria na altura). E esta dedicação destes dois a este novo núcleo a somar com a participação do Mário Santos numa prova do Tomahawk Tour com os Lusos, que acabou com uma discussão com o PCO (os Trolls a imaginar a sua reputação a ir por água abaixo, pela discussão ter sido encabeçada por um "troll"). Nada favorecia o entendimento entre as duas facções nos Trolls ou entre a relação das duas equipas.

Surpreendemente esta rivalidade entre as equipas foi tomada como o ser do Benfica (futebol) ou ser do Sporting por elementos exteriores às equipas, e até ao meio dos Renegados com piadas e apostas a brincar, o que ainda inflamou mais a relação entre os vários elementos.

Chegamos na altura a falar com o criador por detrás da equipa, Paulo Carrilho, sobre os principios diferentes dos jogadores que ele tinha ido buscar aos Trolls não serem os mesmos que o resto do pessoal e mesmo assim demorou um ano a este núcleo chegar à mesma conclusão e fazer o mesmo processo de purga antes feito nos Trolls, mas de forma diferente, criando os Psycho. Curioso que quem ficou para trás e tomou conta do forte foi o Mário Santos que ainda manteve o nome da equipa (Lusos) e foi porta de entrada de muitos jogadores.

Mas como podem imaginar foi um porta estandarte nos Trolls nunca terem perdido em campo contra os Lusos, ainda foram alguns jogos, e recordo-me bem de uns poucos. O primeiro encontro na primeira prova da Copa Ibérica 02/03, no indoor em Espinho em 2002, cujo video coloquei no youtube --> http://www.youtube.com/watch?v=_9hUENRTYY8

Um na Copa Ibérica no Penteado onde começando com uma desvantagem após o pré ganhamos o jogo na mesma (basicamente o jogo onde eles tiveram a melhor oportunidade de ganhar), e no ZEAO em 2003 onde o último jogador deles eliminado foi o Luis Miguel com uma e-mag avariada a ser "forçado" a sair de campo sob o olhar dos canos dos marcadores, uma prova onde eles já mostravam uma união diferente ao seu inicio...

Em suma, anos mais tarde, após uma temporada como Lusos e duas como Psycho os Trolls foram buscar o trigo, na pessoa do Robert Mendes e o Pedro Alexandre "Teddy". Tinhamos excesso de "front players" (ou pelo menos com essa mentalidade) e precisavamos de criar uma sólida e experiente linha traseira, feito conseguido. E que fique para o recorde que não me recordo de vencer uma vez aos Psycho...
Fica aqui o site dos Lusos - http://lusos.no.sapo.pt/
E os destaques do video no youtube: O PCO está a arbitrar, é a pessoa de grande porte mais perto da rede.No final do jogo tenho uma conversa longa com o Miguel Sousa (árbitro), sobre pedir checks. O João Carriço (primeira prova nos Trolls) está cá fora à conversa com o João Loureiro que comenta a brincar no final "batoteiros". Quando todos crescemos ao fim ao cabo a rivalidade real era em campo.
Jaime Menino

3 comments:

  1. Este foi um projecto do qual me orgulho muito ter começado com o Paulo Carrilho (Blade), e que durante um ano nos deu muito prazer, tivemos uma evolução muito grande durante esse curto ano e penso que a ter continuado com a formação original, iria marcar uma posição forte no panorama da competição naquela epoca, só um pequeno reparo, um ano depois não houve nenhuma purga mas a decisão de alguns elementos não continuarem com o projecto, incluindo a minha pessoa, o projecto Psyco aparece depois, continuando o projecto Lusos pela mão do Mário, a "rivalidade" Lusos Vs Trolls penso que até foi salutar, apesar de eu estar à parte dessas guerras, dava sempre um animo engraçado quando entravamos em campo, eram tempos diferentes em que esse tipo de guerras se cingiam dentro das linhas de jogo, bons tempos sim senhor.

    LM

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  2. LM,
    Não deixou de ser uma purga semelhante à dos Trolls, conforme eu escrevi: "e mesmo assim demorou um ano a este núcleo chegar à mesma conclusão e fazer o mesmo processo de purga antes feito nos Trolls" . Sendo a "purga" o facto de não quererem jogar com os jogadores em comum às duas equipas. Como o foi feito são detalhes, e que aponto no texto.

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  3. Tchii andas a desenterrar tudo o que tens ne bau Jaime... de facto o "batoteiros" na altura foi dito em tom de brincadeira e eu até me dava bem com todos os Lvsos... Essa prova foram o inicio de bons tempos...
    JAC

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