08 May 2009

Relatos Internacionais - MS Marselha 2006


Como normal da natureza humana acho que nunca é tarde demais lembrar dos momentos em que fui mais "maltratado" numa prova como cliente, são sempre os pormenores negativos os episódios que mais marcam a nossa memória. Por isso hoje escrevo um pouco sobre o brilho do Millennium Series (MS), mas também relato parte do menos bom que o circuito contém. Nem tudo são rosas, e como já várias vezes escrevi e digo, os pontos positivos do MS são cada vez mais as equipas que o compõe e não a empresa em si...

Recordo bem esta prova de Marselha, por vários motivos positivos, mas saudosamente porque foi a última vez que joguei com os Trolls uma prova do MS, e foi técnicamente a última vez que paguei a minha parte da inscrição directamente do meu bolso. Eram e são valores reais para se poder afirmar bem que "eu pago", 1200/1500€ por prova. Hoje em dia um argumento muitas vezes gritado sem grande noção do que se esgrima às vezes em discussões, porque se sofreu um cumprimento das regras simples...

Mas tudo começa por compreender o que é o MS:
O MS é uma empresa cujo objectivo é fornecer torneios na Europa e obter lucro. A sua qualidade no departamento de relações humanas e públicas cai a pique desde 2005. Na minha opinião a época de 2004 foi quase a melhor temporada do MS sobretudo porque foi a temporada onde foram oferecidas mais provas, em mais locais. Pena ter sido também o ano em que deixou de existir o Megacampeonato e foi substituido pelo Iberian Cup.
De forma alguma culpo o "board" pelas más Relações públicas, porque no máximo são culpados de seguir o objectivo comercial de uma empresa e contratarem quem os represente menos bem. A culpa cai toda sobre o mesmo capítulo: As relações públicas em prova, especificamente na arbitragem. O cumprimento das regras, e o atendimento diferenciado aos "clientes".

Marselha 2006, foi a primeira prova dessa temporada, o formato jogado em CPL era estreado no MS e era a última temporada de DIV 1 aberta e em 7 man, antes de se fechar como SPL. Nos Trolls não tinhamos ambição de atingir nenhum patamar especifico de época mas nas temporadas anteriores, já desde 2004, andavamos por DIV 1 e não tendo atingido nenhum lugar ou mesmo finais chegamos a assustar e ganhar jogos a muitas equipas de destaque. Foi o caso da última prova de 2005 em Madrid, onde fomos a única equipa que derrotou os Vision nessa prova, campeões dessa divisão em grande parte das provas e nessa temporada.
Chegamos a Marselha, e ligamos os modos permitidos nos marcadores, excepto eu que deixei o modo semi, para não arriscar nenhum assédio desncessário ao marcador.
Preparamo-nos mediamente bem para jogar, e fomos enfrentar uma das grandes equipas de Div 1 na altura, os belgas Blackout que tinham na sua equipa o Nick Trutter. (Ver video)


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Após o jogo, levamos com uma suspensão ao António Santos por marcador ilegal, o jogador que pouco ou nada participou no jogo e foi quase logo eliminado. Um árbitro de campo conseguiu com os seus dedos e opinião afirmar que o marcador entrava em ramping às 5 bps em vez das 7,5 bps de acordo com as regras permitidas, expulsando sem hipótese de apelo.
Encaramos a situação na altura com naturalidade. Secalhar a placa do marcador tinha-se passado, secalhar estava mal programado, secalhar tinhamos tido azar.
Nem nos queixamos, seguimos em frente. Lá rapidamente colocamos o Diogão no nosso roster e fomos para os jogos seguintes, adaptando jogo a jogo, a táctica e a simples colocação dos jogadores.

No entanto sabiamos que iamos regressar ao campo onde o Tó Santos tinha sido expulso, e também tinhamos ouvido que vários jogadores apenas e exclusivamente naquele campo, tinham sido apanhados "estranhamente" com o marcador ilegal.
Então planeamos pedir para testarem todos os marcadores antes do jogo e receber o ok para confirmar que estavam legais.
Fomos jogar contra os Ugly Ducklings e demos 100 a 0. Foi fenomenal, o espancamento que demos. Sem grande hipotese para os "patos"... No final do jogo vemos um árbitro (o mesmo que apanhou o marcador do Tó santos) a ir atrás do Pedro Botelho agarrar o marcador da mão dele, e declarar que o mesmo se encontrava ilegal. Aqui o caldo entornou...
Pedi ao chefe de campo que levasse o marcador, mais o árbitro que o considerou ilegal, ao árbitro da entrada do campo. Pois o chefe de campo desresponsabilizou-se de testar ou sequer ver os marcadores. Para grande espanto, a opinião de ambos árbitros "que testavam os marcadores" divergia... Isto feito à frente de vários espectadores de outras equipas punidas como a nossa anteriormente, com o Ulrich Stahr o suposto comissário ou responsável dos árbitros e arbitragem. Era escabroso e a solução foi NADA, excepto o Botelho que não foi expulso e o resultado do jogo não foi adulterado.

Vários jogadores expulsos da mesma forma, várias equipas prejudicadas. Um chefe de campo (Jabba, UK) a atirar a responsabilidade para o árbitro dos marcadores em campo (Fight club, Alemão), e um comissário a falar em alemão com o árbitro para que mais ninguém compreende-se.

No minimo devia se ter removido o tal árbitro da tarefa e feito um pedido de desculpas. Nada disso aconteceu.

Como este relato eu tenho mais de 2005 e até mesmo 2007 que também irei aos poucos contar.

Conclusão ou moral, avaliem bem o brilho que dão a determinados torneios. Saibam falar e se defenderem, em todo este episódio fomos educados e inteligentes nunca recorremos a baixo nível ou insultos.

Se quiserem e tiverem um episódio para relatar num torneio coloquem nos comentários, desde que não seja algo que não seja comprovado e nada de teorias de conspiração ou ouvir dizer sff...

E que situação bizarra é esta do MS não ter regras desde 2006, e não fazer cumprir as que tem no site?

Jaime Menino

2 comments:

  1. Conta a histótia do chefe de àrbitros que era treinador dos Vision, e que me expulsou de campo por querer que eu desse à força um 2por1 ao Dave, que tinha sido considerado limpo...

    Essa é mais um dos mega flops do MS ter um gajo completamente "viciado" a arbitrar a jornada mais decisiva da equipa de que era treinador!

    Anjix

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  2. pessoal e um chefe de campo em Madrid que fazia os jogos todos durar 6 minutos ( em vez dos normais 7 ), que nos lixou uma passagem ás finais em div 1 por causa dessa brincadeira contra os Kelly´s , e que defendia com tanta veêmencia que os jogos eram a 6 minutos que me convenceu ... só quando confirmei com o head marshall o sr.Ulrich Stahr ( forever in my heart á conta desta e de outras situações ) e ele me diz que não que é 7 minutos como sempre, e não acreditava que um head marshall não soubesse disso ( ainda bem que tinhamos um video para o confrontar ), quando se apurou a historia toda foram só 20 e tal jogos que ele terminou aos 6 minutos ... consequências ... nenhumas continuou como head marshall durante mais 2 dias e as equipas lesadas tiveram que se aguentar á bomboca com mais um flop do Milleniumm que vai buscar tipos que andam a passar na rua e pôe-nos como chefes de arbitros

    isto para não falar das arbitragens muito más que muitas vezes se assiste nalguns campos, ou episodios completamente byas com arbitros a " prejudicarem" ou "beneficiarem" equipas conforme a conveniência das relações deles

    pergunto-me porque é que ainda gasto dinheiro com tanta frequência para ir dar uns tiros no Millennium...

    Miguel Ferreira

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