29 September 2009

Ramping - O equilibrio


Hoje vou dedicar um post a uma das novidades que foi introduzida no paintball que nivelou a capacidade dos jogadores dispararem, foi sobretudo um subir da média de disparos efectuados pelos jogadores bastante benéfico para as marcas de tinta à primeira vista mas que veio equilibrar uma corrida louca.

O Ramping legal não foi mais do que uma medida de controlo e nivelar o que muitos (PRO's) faziam de forma ilegal principalmente com especial incidência em 2004.
Marcadores como matrix e intimidators, existentes desde 2002, com loaders superiores ao normal VL eram super simples de colocar em formas inseguras e potencialmente mais rápidos. O que causou que outras marcas fizessem mesmo produtos com batotas para acompanhar.
Começou a era da publicidade da velocidade. Uma das rampas de lançamento da corrida foram produtos como este e videos: Matrix NYX e o advento de olho e Halo - http://www.youtube.com/watch?v=Xa6fxt3wtwQ
Há bastantes da WDP com o Marcus Nielsen e foi por este tipo de coisas que começou a corrida à velocidade, isto antes de começar o primeiro ano da NXL em 2003.

As principais marcas a seguirem a corrida foram a WDP, a Planet com o seu e-blade também "altamente sensivel". Mas também nesta altura começam a aparecer marcas de placas (aftermarket).

Associado ao ramping legal apareceu a medida de segurança dos Rof Caps, que ainda hoje se mexe e desce na procura de segurança e para tentar diminuir os jogos parados.

Mas porque surgiu a necessidade, ou de onde surgiu este fenómeno? Porque simplesmente os jogadores não se ficaram por material normal, sem problemas e tudo feliz em semi-auto?

Competição. Competir e ter que ganhar, isto é a força motriz por detrás dos primeiros problemas com a velocidade e cadências.
Nada desta evolução teria acontecido sem o crescer da velocidade dos loaders e com o surgir do Halo e em parte o VL evolution 2 (ovo). Loaders que alimentavam 20 ou mais bps versus o velhinho VL que a maioria dos jogadores usava, que com sorte e pilha boa poderia chegar às 12bps.
Rapidamente toda a gente chegou à análise simples que disparar muito em determinadas ocasiões era benéfico para os planos de equipa e os layouts dos campos assim o ditavam, mas enquanto uns desenvolveram técnica outros fizeram uso da tecnologia.

Tecnologia como: a WDP/Angel com boards com cheats de origem que simplesmente estavam lá sem sequer haver uma explicação no manual. O mercado aftermarket com a Speedy (actual Virtue) a vender boards com o simples propósito de ter modos de disparo escondidos, foi tão grave que chegou-se a banir os produtos desta marca da NPPL.
Também abertamente aos jogadores em geral as matrix e as intimidators aliadas com um Halo eram assombrosas bem mais fáceis de disparar, em comparação ao que existia antes, mas também mais fáceis de as ter em modos super sensiveis só com o que vinham de origem. A quantidade de jogos e jogadores suspensos com estes dois modelos de marcadores foi impressionante de 2002 até e em 2004.

Então em 2004 começou a ser um problema de tal modo que na 4ª prova da PSP na NXL se criaram as regras do modo de ramping legal, 3 tiros em semi, a partir daí full auto limitado às 15 bps.
Foi inicialmente assombroso pensar no full auto, mas no entanto provou-se bem mais seguro de alguns supostos semis autos.
Em 2005 o ramping nas 5 bps de gatilhada foi generalizado a toda a PSP, e informalmente colocado no MS que não tinha regras definidas a proibir no inicio da temporada. Basicamente na prova da Alemanha, a primeira, toda a gente o usou. Na Holanda foi usado legalmente. Em Paris e restantes passou para 7,5 bps na gatilhada (praticamente a mesma coisa para quem dá 5 bps).
Em 2006 e 2007 ambas os circuitos mantiveram, até em 2008 começarem a baixar o rof cap.
Agora em 2009 assistimos ao rof cap de 10 bps que é na minha opinião ridiculo até pelas justificações (ou falta delas) sobretudo para os fabricantes de material, mais valia voltarmos para semi ao fim destes anos todos, e garantir que os fabricantes de material cumpriam normalizações no seu material.

Já agora em Portugal fizemos a adaptação para o modo PSP em 2006/2007.

Jaime Menino

3 comments:

  1. Bom post, gostava de saber a tua opinião mais "profunda" em relação ao modelo de jogo que se practica com 10 BPS. Na minha opinião e pelo que joguem no Millennium de Málaga parece-me mais rápido e espectacular. E tu o que achas?

    Abraço,
    Raúl # 75 (Metralhas - Gold)

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  2. Na minha opinião acho que a dinâmica do jogo não foi alterada pelo facto de se ter baixado de 15 bps para 10 bps.

    Foi alterada porque, os campos tem mais obstáculos, tem sobretudo mais zonas de sombra (Só aquele M de frente ou de lado com as tiras dos cabos) e devido à disposição e formas menos convencionais (vs passado). A começar por exemplo nas bases com maior ângulo, antigamente era muito popular os cilindros, agora não existem sequer com outro obstáculo, só essa diferença é uma mudança radical independente das bps ou modos que se dispare.

    Basicamente para se provar o meu ponto, seria fazer uns jogos a 10 bps e outros a 15 bps. Ver se haveria diferenças nas movimentações. Tenho sérias dúvidas que as diferenças fossem assim tão significativas.

    O jogo actualmente também é mais movimentado porque nos campos que se desenham com tiros buraco de agulha cá detrás (vs o antigamente), beneficiam as equipas agressivas que sobem mais cedo no campo, quem ficar parado perde. Antigamente os verdadeiros atletas e rápidos é que se "mediam" num campo tradicional, hoje em dia é o facilitismo devido ao desenho do campo qualquer um chega a qualquer lugar (generalizando).

    O verdadeiro objectivo de se baixar os bps, é controlar o que se passa em campo melhor a vários niveis menos o interesse directo do jogador ou espetáculo do jogo. Mas o que eu acho estranho é a falta de justificação para as descidas na Europa. A PSP desce e apresenta como justificação um pedido das marcas, porque os jogadores que usam ramping vão para os campos comerciais, portas de entrada de jogadores novos rebentar com eles para fora de campo a 15 bps, como se a 10 bps não for possivel fazer estragos por igual. E descem os bps também supostamente pelo seguro.

    Agora a meio da época, já viram que o feedback dos campos continua a ser o mesmo, não é por se baixar o rof, é mesmo uma questão de mentalidade.
    E não existem planos de se admitir um erro ou uma decisão "desnecessária".

    Na Europa acho que perseguimos tendências a passar despercebidos, ou secalhar tentamos embarcar em embelezamentos para possiveis leis.

    A realidade é que existe a NPPL a semi-auto, que continua a ser algumas vezes ridiculo, é só ver os videos e ouvir e ver muito material ilegal. Mas com desenhos de campo que continuam a ter um formato de 7 man fluido e dinâmico.

    Existe a NAX (AXBL/CXBL) uma liga em crescimento, onde jogam com o tradicional ramping a 15 bps, e modelo de jogo de x-ball clássico, também é ver videos e fica-se com a mesma sensação de se ver um jogo dinâmico e fluido.

    Mas já estou a divagar.
    Basicamente eu acho que deviamos ser nós os jogadores a controlar os dois aspectos, rof cap, e layouts do campo.

    O ROFCAP devemos por uma questão de verdadeira
    segurança e manter o lado atractivo para muita gente da velocidade manter alto. Velocidades baixas vai de certeza causar jogadores a quebrarem as regras com modos ilegais, perante situações diversas.

    Os Layouts definem o tipo de jogo (ou modelo de jogo) que vamos jogar, e deve ser votado por nós. Com layouts especificos gasta-se muita tinta, ou gasta-se muito o fisico. Nós que nos sujeitamos em ambos é que devemos procurar o equilibrio, ou pelo menos "eleger" quem o defina.

    Quando passamos na cultura geral do paintball para o ramping, os que desenvolvemos velocidade versus tecnologia saimos a perder. Mas penso que muitos não se importaram porque a medida era para acabar com batota tecnológica. Agora saimos todos a perder, andamos a investir dinheiro e a trocar para material que se torna praticamente obsoleto. Foi como comprar um Ferrari para andar a 50km/h.

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  3. Independentemente de concordar ou não com a tua opinião sobre o assunto, a riqueza dos conteudos (reply incluido) fazem-no um excelente Post Jaime, parabéns.

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