25 February 2011

Será que?


No outro dia vi um video da Planet Eclipse a mostrar os Ducks, como tiveram uma temporada de 2010 para esquecer (been there done that em 2007), e foram no final da temporada relegados a SPL (duvido). Mas com algumas equipas a desertarem e com números escassos de participação e procura nos spots de divisão fechados, não será que o MS continua demasiado ambicioso no número de divisões fechadas e promoções?
Não seria mais útil uma pirâmide de escalonamento mais bem estruturada talvez redefinir as divisões?
Quando comecei a jogar havia duas divisões, Amador e Profissional, e isso muitos anos bastou, passou-se a três com Novice a entrar à mistura, logo no ano seguinte passou a haver quatro com, Novice, Amador B, Amador A e Profissional. Aqui nestas divisões todas existiu alguma lógica, porque com a vinda de equipas americanas tanto em profissional como em divisão um, as equipas europeias eram espancadas forte e feio, aliás havia politica de internet ou de gang para se tentar sempre excluir os americanos (o Sr. Robbo e o Magged eram os principais advogados). As divisões foram então uma forma positiva de promover a entrada de equipas para não serem totalmente espancadas.
Com o fechar dos escalões, infelizmente a meu ver porque se aprendia muito, excluiu-se muitas das equipas americanas que vinham cá ganhar provas, com um suposto principio de direito à promoção (que infelizmente pode ser comprado), ficando num misto de com as ligações certas arranjas um lugar, senão tens de suar e ter sorte para seres promovido, ou em última instância é preciso alguém para encher o lugar (o mais comum hoje em dia).
Com isto tudo temos entradas de última hora em divisões para as quais em tempos tinha-se de ganhar direito a entrar, após anularem a opção de livre escolha de divisão das equipas. Ah, e havia equipas que durante a temporada mudavam de divisão (subiam), algo bastante engraçado e positivo que pelo menos demonstrava a outros como é "possivel" subir de escalão.

Será que precisamos de tantas divisões? Há uma tão grande disparidade entre o nível das equipas que se apresenta para fazer uma temporada inteira do MS?

Jaime Menino

2 comments:

  1. Ad duas divisões Pro e Amador apenas duraram 3 provas do Millennium. Em Toulouse, worldcup de 2000 iniciou-se a divisão Novice.

    Ficou assim até 2003, quando dividem o Amador em A e B. Nessa altura havia equipas para todos os gostos. Faziam-se millenniums com quase 200 equipas. Depois passam para as DIV e juntam o 5 man.

    Não tenho ideia de não quererem os Americanos por cá, bem pelo contrário. Começaram a ser convidados e os melhores millenniums era valorizados pelo número de americas que conseguiam ter a jogar, sendo a World Cup de Toulouse e a Campaign de Londres as que melhor se classificavam nisto. Laurent em França e Nial Squires em Londres.

    A Europa está a sair da crise. Se foi a crise a responsavel pela falta de equipas devem começar a surgir no final do ano muitas. Se não foi então o problema mantém-se. Visto à distância não existem grandes alternativas ao Millennium e ao board.

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  2. A recepção a equipas americanas e a mercenários americanos foi sempre diferente. Basicamente muitos dos opinion makers europeus não gostavam de levar porrada das equipas americanas, mas ter um trunfo na equipa nunca fez mal. Apenas o Robbo tomou a postura da pureza com a criação e manutenção dos Nexus de manter uma equipa só Britânica (até 2006 com o Toni Perez a jogar nos Nexus e a comandar a equipa). O Magged que anos antes teve alguns mercenários americanos também começou a ser um advogado da não presença de equipas americanas...
    Basicamente ninguém gosta de ser espancado, muitas vezes e por diferentes equipas, a jogar em casa.

    Tenho ideia que a crise é uma falsa justificação no paintball, a classe social de jogadores que jogam este desporto na Europa, deve ser pouco ou quase pouco afectada. Houve uma acentuada descida nos níveis de participação com a alteração de formatos sem sombra de dúvida, isto com muitos jogadores a se sentirem excluidos deste formato que exige mais tempo, treino, e padrões minimos de fisico para se o poder jogar.
    Antigamente um gordo que disparasse muito era uma arma valiosa em qualquer equipa, hoje em dia é um elemento para o banco na mente de muita gente.
    O mesmo para uma rapariga, hoje em dia quem quer uma rapariga a jogar numa equipa, quando no passado houve muitas a serem excelentes jogadores (por exemplo em 7 man a Carla dos Jolly Rogers)?
    Se excluirmos estes jogadores sobram bastantes menos dos que jogavam nos tempos de 7 man.
    Foi um erro o abandono de 7 man, está a ser um erro não se fazer algo para recuperar esses jogadores e tentar moldar os que existem em vez de se moldar os formatos e talvez divisões.

    O MS e o board infelizmente não estão a fazer um esforço para desenvolver a modalidade mas apenas um esforço para sobreviverem económicamente, mantendo o seu estatuto de circuito europeu de topo.

    Jaime Menino

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