22 December 2009
Grand Tour 2010
Já viram o calendário do Grand Tour para 2010?
Lembrando-me que o Millennium Series foi à Turquia em 2009 e irá regressar supostamente em 2010, assim que vi isto fiquei um pouco abismado e curioso.
Mas será isto consertado? Afinal os dois circuitos (MS e GT) que partilham tantos pontos em comum cruzam-se, ainda mais, nas suas localizações. Será isto um dividir para reinar ou uma invasão de território? Ainda por cima, de acordo os rumores, na polémica (no paintball) Itália.
Grand Tour, Inscrições mais baratas, ratio dos prémios mais alto, marcas de tinta estão lá.
Quais são os pontos negativos (sem sarcasmo)?
Mais info sobre o Grand Tour (Centurio) - http://paintballgrandtour.com/epc/
Jaime Menino
16 December 2009
Debate do Dia ou do Jour
Após a entrevista e toda a análise feita até ao momento nos fóruns e blogs à entrevista do site Spirit of Paint ao Laurent Hamet (Elemento do board do Millennium Series, dono da Sup'Air Ball, e co-proprietário da GI MilSim segundo se diz), aqui vão os meus 2 cents sobre a entrevista.
Para quem ainda não viu ou não sabe francês q.b. para compreender deixo dois links com resumos da entrevista, disponivel no site Spirit of Paint (http://www.spirit-of-paint.tv/).
Resumo - http://www.cyclone.ax/2009/12/laurent-hamets-interview-on-sop-and-millennium-series-2010/comment-page-1/
Resumo 2 - http://www.p8ntballer-forums.com/vb/showpost.php?p=1307018&postcount=29
Já agora ambos os resumos, incidem sobre o tema principal Millennium Series 2010, porque pelos vistos alguns esqueceram-se de muitos outros temas falados durante a entrevista, que basicamente serviu o grande propósito de confirmar os rumores e press releases feitos até ao momento. Vou então comentar o que acho que também foi importante.
O primeiro ponto que quero trazer à baila é o seguinte:
Durante a entrevista houve um comentário a uma frase do Ulrich Stahr (Millennium Refereeing Manager) "que a indústria está demasiado envolvida com a gestão da parte desportiva do paintball" e seria algo que ele gostaria de ver mudar.
Gosto da frase, concordo e as únicas pessoas que não concordam estão na indústria. Mas denoto um pouco de ironia e sarcasmo quando se ouve um dos principais lideres da indústria (LH) a dizer que concorda com a frase mas que no entanto o MS vai continuar com a politica das marcas patrocinadoras de marcadores em 2010 e com extensão para todos os escalões em 2011.
É impressão minha ou esta é uma daquelas decisões completamente parcial para o lado da indústria e tem pouco ou nada a ver com a parte desportiva do paintball?
Mais ainda, os argumentos apresentados de que estão a proteger as empresas que dão patrocinios às equipas e apoiam o MS das empresas que fabricam "knockoffs" que aparecem e vendem mais barato é completamente treta e não cola. Mesmo que fosse real, não é melhor para o desporto haver material mais barato para os jogadores? Permitindo assim uma maior entrada de jogadores, ou seja mais praticantes de desporto, que é equivalente a uma maior legitimidade do mesmo.
Porque não são mais sinceros e dizem que TALVEZ isto tudo começou com o marcador pikadoll e o facto da a SmartParts ter abandonado à umas épocas atrás o patrocinio do MS? Ambas atitudes mostraram que afinal o MS não é um bom cartaz publicitário para as marcas que o patrocinam o MS e as equipas e jogadores escolhem o seu material consoante as propostas mais interessantes que aparecem após este ficar cada vez mais caro nas provas (em comparação com as grandes ofertas que até 2002 apareciam à venda nas provas do MS).
Não fará mais sentido oferecer um melhor serviço e promoção a quem apoia e patrocina o MS obtendo desta forma uma mais valia e uma demonstração da potencialidade de promoção do MS como cartaz publicitário, assim talvez até acabando por atrair patrocinios exteriores?
Segundo ponto (aos 20 minutos da entrevista) que quero lançar ao debate, completamente despercebido nos resumos pós entrevista, EPBF e UPBF, uma total admissão que o trabalho produzido até aos dias de hoje é realizar cartões para todos os jogadores europeus e secalhar mundiais tirarem apenas um cartão de jogador, o deles!
Sr. Laurent afinal você é, lider de indústria, sócio na empresa que é dona do Millennium Series, ou dirigente desportivo/associativo?
Havia necessidade de dizer mal (estalada de luvinha para não fazer muito barulho) da FPS (Federação Francesa) que tenta na realidade legitimizar e promover a saúde do desporto e não os lucros de uma empresa? Mas afinal o que é a EPBF e a UPBF, algum ramo logistico do staff do Millennium Series? Zzzzzz!!!
Ok estou a ser mauzinho, porque realmente há uma altura que ele falou de várias hipotéses de eventos taça dentro dos eventos do MS que estariam de alguma forma ligados às Federações inscritas junto com a EPBF/UPBF.
Porque de resto o trabalho da UPBF é ... (acrescentem nos comments se souberem porque eu não sei mesmo).
Por fim terceiro ponto, alguém realmente acredita na parte dos castigos a todos de forma igual às equipas que faltaram à ultima prova de 2009, quando as regras de rosters não foram cumpridas na Turquia por algumas equipas presentes?
Venha a próxima época do expoente de Paintball Europeu, provavelmente em 2011 se vier a Portugal sobretudo em Lisboa de acordo as possibilidades faladas na entrevista e se me deixarem jogar com o material que tiver na altura, tento jogar.
Jaime Menino
06 December 2009
SERIAL KILLERS NACIONAIS 09
Sem dúvida é um top pessoal, se quiserem contrapor ou propor o vosso mandem.
5 HOT
Nuno "Ossos", S.L.B. - Não conhecem? Não sabem o que é pb nacional! O Ossos é um dos jogadores com maior entrega, anda cá desde final de 2004, vi no começo ele e o irmão a serem "drillados" pelo Humberto ele resistiu e tornou-se no que é. Esta foi provavelmente a sua melhor temporada (CN, TRN, MS SPL).
Leva um 100% pelo trabalho.
Ricardo "Máquinas", Metralhas - Já não é jovem mas continua por cá qualquer dia torna-se no jogador com mais anos disto e ainda tem muito para dar é sobretudo bastante consistente e entregue. Provavelmente também foi a sua melhor temporada Nacional e também boa nos regionais.
Leva um 90% pela constante presença.
Sven, Azimut - Pode ser que seja um dos melhores jogadores que a equipa Algarvia tem, falta-lhe algum espirito de equipa (secalhar falta à equipa toda, quando os vejo), no entanto também ajudou a equipa a conquistar a melhor posição no Nacional até à data.
Leva um 80% pela técnica e vontade.
João "Anjix", Xplosiv - Falta-lhe alguma calma às vezes, deixa-se inundar pela adrenalina e os que o rodeiam ninguém sabe ainda "ajudar". O estar a 100km/h enquanto a equipa ainda está a arrancar não ajuda no trabalho de equipa, mas ajudou a equipa a ficar em 2º lugar devido à consistência no seu escalão do Nacional.
Leva um 75% por não ter conquistado nenhum primeiro lugar no Nacional.
Telmo Garcia, S.L.B. B - Senão tivesse de fazer a vez de "pai" na equipa seria provavelmente um dos melhores inserts actualmente. Mas se tem de fazer de pai recomendo que na próxima temporada seja a 100% e faça os "filhos fazer o trabalho de casa para o pai também se divertir" (ok metáfora complicada eu admito). Estiveram no quase a época toda, ganharam quase dois regionais, e o nacional começou frio e acabou quente.
Leva um 70% por também não ter conquistado nenhum 1º lugar no Nacional.
5 NOT SO HOT
Diogão, Titans - Está sem dúvida a divertir-se mais e isso é importante mas nos Bunkerkids produzia mais.
Leva um 55%, este ano deveria ter sido mais produtivo depois de ter conquistado um primeiro posto na temporada anterior no Nacional e ter contribuido para a conquista do regional.
Tiago, Bunkerkids/S.C.P. - Já foi melhor jogador em vários aspectos. Simplesmente não cumpriu nos Bunkerkids.
Leva um 49%, continua a ter técnica e entrega mas vê-se que anda distraido e sempre à procura da desculpa fácil.
Toni, Azimut - Tem um estilo interessante falta amadurecer.
Leva um 50%, e só aparece porque também tem uma técnica e jogo engraçados, com mais confiança e carisma pode ser um jogador a ser seguido.
Fernando "Viagra",S.C.P. - É impressionante a consistência do seu jogo e a sua concentração e calma (se houvesse valores que pudessem ser transmitidos), pena não ser acompanhado.
Leva um 60%, porque é consistente mas não foi suficiente para ajudar a sua equipa.
Filipe Mendes, S.L.B. - Quando aparece continua a dar frutos, mas raramente vem à "apanha da fruta".
Leva um 55%, técnicamente continua a ser um dos melhores back players mas em nada isso contribuiu para o seu esforço no colectivo da equipa.
Jaime Menino
01 December 2009
10 Dicas para Arbitrar
1 - Ler as Regras, e levar um exemplar impresso para o local.
Isto evita aqueles constantes não saber, e erros básicos bastante evitáveis. Tem uma dúvida, param para pensar e consultam as regras. Não fiquem pelo o "disseram-me que era assim" para se justificarem, ou o "é assim no outro lado".
2 - Não ser arrogante, agressivo ou simplesmente rude mas sim ser educado e informativo.
Os jogadores estão em modo "predador", gritar de forma autoritária como quem grita com o filho ou animal de estimação que não obedece apenas vai inflamar a relação jogador equipa de arbitragem.
Este ano desde berros a dizer FORA de forma efusiva como se o jogador soubesse o que estava a fazer, em vez de dizer por exemplo "fora, tens um tiro no battlepack", ou "fora, tens um tiro no loader". Qualquer uma destas frases serve por ser das situações mais habituais de tiro e mancha que os jogadores às vezes não se apercebem, tinham desarmado muito conflito e dissabor. Ah! sobretudo não ser mesmo mal educado e colocar as asneiras nas indicações, como a minha favorita que observei em campo deste ano foi "põe-te no crlh...".
O jogador está a desobedecer uma indicação simples, depois de ter claramente captado a indicação, simples aplicar (provavelmente mais uma) penalização.
Já agora ter alguma experiência não é carta branca para serem uns arrogantes e idiotas, porque toda a gente comete erros e quem não for arbitrar com isso em mente e preparado para lidar com eles, é preferivel não ir.
3 - Saber a sinalética e aplicá-la.
A quantidade de pessoas que vai dar o sinal de limpo com a outra mão na cabeça para se proteger é bastante grande e pode induzir em erro, fora os que também dão sinalética cedo demais e depois arrependem-se. Para a primeira situação o melhor é mudarmos a sinalética para a versão Americana (a nossa antiga de fora).
4 - Dar-se cordialmente na prova de igual forma com todas as equipas.
Se arbitram nessa prova equipas mais conhecidas que outras evitem dar dicas, sobretudo se a outra equipa é a vossa equipa irmã.
Já agora também não aceitem ofertas de jogadores ou equipas se os estão a arbitrar.
5 - (X-ball lite) O senhor da mesa está a controlar o tempo.
Ele não é o vosso paí ou juiz supremo, está a facilitar a tarefa não está a fazer a vossa tarefa.
6 - Vão convenientemente equipados, para suportar levar tiros.
Se for caso levem battlepack vazio ajuda a proteger bastante, cotoveleiras, joelheiras nos braços também ajuda, toalha ao pescoço, sweatshirt, luvas. Mas não tenham medo de entrar nos sitios e checkarem os jogadores.
7 - Façam as tomadas de decisão ou apliquem as regras.
Não precisam de ser fulminantes a aplicar, mas tem de as aplicar e mantenham a decisão não sejam convencidos pelos jogadores de as não tomarem por qualquer forma de compaixão. Não é culpa vossa o jogador ter infringido as mesmas. As regras são preto e branco não são cinzento.
8 - Equilibrem o trabalho da equipa em campo.
Se tem alguém a fazer menos porque secalhar sabe menos, secalhar está na altura de o mudar de posição.
9 - Coloquem os árbitros em campo com lógica.
De preferência podem perguntar a qualquer pessoa que tenha ido ao curso de arbitragem deste ano. Vão ver que ajuda a facilitar o trabalho em determinadas situações que se não agirem vão inflamar o controlo do campo, os jogos, e equipas.
(Posições no Breakout: A - Tem de ir checkar o "interior" dos jogadores que vão para as bases depois do breakout. B - Tem de estar atentos sempre a ambos os lados e compensarem. Os B por detrás da equipa tem de preferencialmente escolher o lado por onde a equipa aposta mais e comunicar com os A qualquer indicação. Os dois deitados são opção para quando se tem mais árbitros para ver o "interior" dos jogadores que fazem posições mais à frente de arranque. Regra geral para todos, viram algo vão atrás do jogador se for necessário.)
10 - Façam por merecer os pontos (recompensa), e ARBITREM COMO GOSTAM DE SER ARBITRADOS.
Jaime Menino
10 November 2009
Arbitragem Profissional - Orlando 2004
Segundo capitulo da aventura que foi arbitrar na NXL em 2004. Tive várias factores e situações que considero uma sorte nisto tudo: primeiro apanhei o auge do Paintball Profissional Norte Americano o primeiro ano de ouro quase a se transformar em platina e as repercussões de tudo que se estava a preparar, refiro-me claramente ao maior esforço para colocar paintball no formato de x-ball na tv. Segundo assisti a grandes jogos entre grandes "powerhouses", equipas de peso e renome a lutarem pela glória que é o reconhecimento. São profissionais mas nos momentos de jogo eles não estão a pensar no dinheiro mas sim no reconhecimento.
O World Cup é uma prova super tradicional e com um peso enorme na cultura do paintball americano e mesmo mundial, onde todos vão para ganhar os "bragging rights" mais duradouros da época. Em 2004 a NXL estava no seu auge e os donos da liga iam fazer a sua melhor aposta para lançar o paintball aos olhos de toda a comunidade desportiva com um episódio piloto para a ESPN 2, em resumo foi uma porcaria onde foi enterrado um milhão de doláres da Dick Clark Produtions.
Mas antes disto tudo, ou seja da prova como sempre a viagem e os aeroportos. Já antes de ir a Philadelphia, ao chegar ao aeroporto reconheci o local, pois aparece no DVD Sunday Drivers, tive aquela sensação de dejavu, mas ao chegar a Orlando com a primeira sequência do DVD Push na mente e ir do avião para o terminal no air train foi à falta de palavras uma sensação aterradora de dejavu. Imaginar que milhares de jogadores americanos e do mundo migravam para aquele aeroporto e viajavam todos com a mesma vontade de ganhar o World Cup e eu finalmente estava ali, bem mais cedo do que imaginava.
Apanhei em Lisboa mais um voo brutal desta vez com escala em Paris foi o último voo que apanhei marcado por terceiros... A partir deste comecei eu a marcar os meus próprios voos para não apanhar estes trajectos marados. Após a chegada aos EUA tive um pequeno problema, o meu green card da primeira vez que lá fui não tinha sido recolhido, na altura avisaram-me, só no ano seguinte tive o real problema...
Cheguei a Orlando e tinha de me encontrar com Charles e o Bob no aeroporto e depois iamos em carro alugado para Kissimmee, para um motel ao pé de Old Town. Tenho videos, fotos, e posso escrever mil palavras, mas nada como ir lá para sentir e cheirar, parece outro planeta (Florida). O constante ar abafado na rua, toda a gente vestida de calções e t-shirt, acreditem muito seriamente quando chegar aos 60/70 anos vou parar à Florida.
No hotel, que também aparece no Push, ficamos o dia todo de porta aberta a ouvir a quantidade de putos de equipas que se embriagavam e faziam porcaria, hilariante as situações naquela autêntica festa.
Orlando é basicamente uma cidade no interior da Florida, não é aquela típica cidade deste estado que toda a gente imagina estar cheia de velho reformados, mas o estado todo tem uma atmosfera muito de zona de férias, tipo um Algarve ou sul de Espanha sem o amontoado de construções. Kissimmee é uma localidade a sul de Orlando.
O local da prova eram os campos de softball ao lado dos campos de baseball do complexo de desporto da Dysney perto de Kissimmee, algo do género do tamanho de três complexos desportivos do Jamor. Havia um número impressionante de marcas e stands, com alguns a ocuparem uma rua inteira do trade show. Uns oito campos entre X-ball e 10 man.
Antes da prova os Philly Americans estavam bem convencidos de que iriam renovar mas as outras powerhouses estavam a prometer fazer a cama aos PA. Como os Oakland Assassins que tinham no ano anterior deixado escorregar o titulo, os Baltimore Trauma que queriam acelerar os resultados do seu programa, os “míticos” AfterShock que admitiam ter perdido o World Cup de 2003 (o ocasional que deixam escorregar) mas que por nada do mundo iam perder o de 2004, e muitas outras equipas que estavam ainda a um pouco perdidos neste formato e campeonato também não iam desistir facilmente de nenhum jogo ou ponto.
Fomos para o primeiro dia, com talvez seis jogos por dia, já agora naquela altura o World Cup eram nove dias seguidos de sábado a domingo da semana seguinte, com segunda- feira supostamente era folga, mas mesmo assim tive de ir ajudar os campos de 10 man e a prova de 5 man.
Rapidamente quem era mais fraco e expectável de ser eliminado da competição foi, os Miami Effect que na altura já eram os All Americans 2, depois da equipa do Lasoya ter saido e criado os Infamous a meio da época, foram logo a primeira bola assim comos os Legacy, os Ironmen ainda chegaram a defrontar os Trauma e ficaram-se por aí, os NYX também ficaram pelo caminho. Estranhamente as finais foram jogadas pelos Strange e os Philly Americans, o jogo para terceiro e quarto não aconteceu, era para ser entre os Oakland Assassins e os Aftershock, que não jogaram porque o jogo não seria filmado para o episódio piloto, apenas os dois dos três jogos de finais para definir o 1º e 2º lugar foram jogados e filmados.
Esta filmagem teve uns destaques giros: como a Dye nos dar equipamento novo completo, a V-force máscaras, a Bunkerking fazer umas bandanas para os árbitros (ainda tenho a minha, escrevam nos coments o que acham que tem escrito) que não pudemos usar infelizmente, o Jerry Braun (dono dos NYX e um dos coach's mais ordinários) a dar-nos dicas de que teriamos de nos conter com qualquer palavrão, um produtor a dizer que a partir daquela filmagem iriamos ser contractados e profissionalizados, colocarem em todos nós uma camera e uma bolsa canguru super pesada, trinta cameras e alguns operadores completamente acagaçados com as histórias de dor que lhes demos de tanga, dois jogos dos menos excitantes e mais aborrecidos de sempre com público quase forçado para haver público presente, uma cleaning crew do campo composta por All Americans 2 (work biaaaatches!!!), a SP em peso a fazer festa a lançar os foguetes e apanhar as canas, a possibilidade de ver o Dick Clark depois da trombose... Tudo para seis meses depois ver a pior apresentação e comentários de paintball de sempre. Tinham-me dado meio milhão e tinha feito melhor com mais views no Youtube.
No final da prova recebi os "prémios de temporada" além de só ter feito duas provas e convite para regressar no ano seguinte pelo comissário da NXL, mas isso são outros posts...
28 October 2009
Defeso Paintbolistico Internacional
Em termos de promoção nos media, a produtora Traumaheadz volta à televisão com paintball, o Millennium Series monta um show na Eurosport2, as revistas entram em falência uma atrás de outra, outras mudam-se do "papel" para o digital gratuito, e a PSP aprende com a competição de surf e monta um dos melhores (quando funciona) webcasts em directo.
No material as novidades vão para o recente hype criado à volta do calibre 0.50, mas mais importante para todo o Paintball é a viragem ecológica que vamos começar a ler e ver na tinta que usamos. Sem dúvida que os marcadores "hoseless" não pegaram como esperava com apenas quatro modelos disponiveis até à data (Invert mini, DLX luxe, BL Victory, SP Impulse).
Deixo o meu top pessoal de 2009.
Equipa do ano - Russian Legion, deram a volta finalmente depois de tanta alteração ao formato que elegeram jogar em 2004.
Media - DVD, Derder. Webcast, PSP. Revista online, SplatXD.
Marcador - Luxe, gostei bastante de ver finalmente um produto da SmartParts ambicioso a apontar para outros patamares.
Site revelação - ProPaintball.com
Melhor invenção até à data no Paintball - Microfibras, simples, baratas e úteis.
Deixem as vossas escolhas nos comentários!
Rumores para 2010:
Millennium Series e PSP em maior sintonia. Para quem ainda não se apercebeu os escalões divisionais da PSP (Race to) e o formato do Millennium Series (M7) são praticamente o mesmo. Vamos ver um maior encontro de ideias, a começar pelo que o próprio Tony disse no curso relativo aos layouts das provas.
Os patrocinios vão baixar, e muita equipa (Americana) não vai provavelmente ter "gun sponsor" em 2010.
O Federov volta à casa mãe (Este é uma insinuação).
Já agora deixem os vossos rumores também!
Jaime Menino
24 October 2009
Jogar na Liga de Madrid 2006
Hoje fica um pequeno resumo do que foi a incursão dos Trolls na Liga de Madrid. Nem todos os posts podem ser para espalhar ideias, debate ou controvérsia... :)
Retomo à temporada de 2005/2006 a última que joguei nos Trolls. Nessa temporada optamos por além de fazermos a L.P.P., Open de Lisboa, provas do Millennium, jogarmos também a Liga de Madrid. Numa primeira perspectiva iamos à procura de boa e sobretudo diferente competição para jogarmos mais 7 man possivel. Já estávamos no quarto ano a jogar 7 man e precisavamos de ganhar um maior ritmo dentro da equipa para nos tornarmos competitivos para o MS e para tentarmos subir a nossa fasquia à dos Paintoon (os 5 de Paris). Além do mais eramos onze jogadores que para uma equipa de 7 man era muita gente e tinhamos um "esquema" de rotatividade onde fazia sentido fazer muitas provas para toda a gente jogar suficiente na temporada.
A filosofia de se jogar muito para o formato em questão era óptima, 7 man é um maior trabalho de equipa dentro de campo do que os formatos de hoje em dia em que qualquer pessoa em qualquer altura, fora os segundos que se está a sair de campo "eliminado", pode continuar a contribuir para a equipa. Até dava dores e nós no estomâgo estar às vezes na deadbox a ver poucos jogadores da nossa equipa a segurarem o melhor resultado possivel ou mesmo a virarem o jogo a nosso favor... E sentir esse peso nos ombros, era figurativamente mortal.
Mas a Liga de Madrid apresentava vários factores a seu favor. Era da empresa ligada ao nosso fornecedor, os prémios eram razoávelmente bons, era sempre no mesmo campo em Madrid, a competição era na altura o topo de Espanha, e eles viam demasiados videos para serem bons como equipas de 7 man mas por causa disso eram extremamente agressivos, um verdadeiro e bom treino para maior parte das equipas que iriamos defrontar no MS. Muitas das equipas tinham aquela velha máxima de que valia a pena vir campo abaixo tentar tirar o máximo possivel de jogadores, ou eliminar posições chave mesmo fazendo batota pois o risco vs recompensa era bastante diferente. Nós sabiamos mexer-nos em campo, e eramos agressivos Q.B. mas tinhamos algumas dificuldades de resolver situações complicadas contra equipas fortes e isso aprendemos bastante a jogar contra os Espanhois. A viagem era de seis horas mas faz-se bem e em Espanha não há quase portagens.
No final da temporada, com algumas confusões nos resultados durante a temporada, os Trolls acabaram em 2º da geral. O prémio mesmo assim era satisfatório. Em primeiro ficaram os Madrid Nightmare a equipa da casa, que numa prova acabou em terceiro, e passou misteriosamente para segundo, uma situação assim "estranha". Faziam batota até à morte e apenas uma arbitragem teve coragem de os penalizar. A nossa ida lá deu-lhes alento a participar no ano seguinte da L.P.P. a última temporada de 7 man, onde fizeram umas boas participações com idas às finais.
Em conclusão a meu ver a competição diferente (e a quantidade) trouxe outro ritmo à equipa, que notou-se em situações extremas e sobretudo resultados no ano seguinte (já comigo fora da equipa). A Liga em si hoje em dia desvaneceu do que foi naquela altura, pelo menos pelo que leio na Portal Paintball, aliás todas as "ligas" espanholas a meu ver estão bem ressentidas em termos de quantidade e quiça qualidade da competição. Inclusivé a famosa SPPL já abriu as portas a Portugal, depois de negar oficialmente entrada a equipas não Espanholas.
O pior jogo que me recordo de nunca irei esquecer da Liga de Madrid, estavamos 5 para 2, e perdemos devido aquela falta de calo, e falta de comunicação.
Em resumo, foi uma temporada agradável sobretudo para desenjoar de apanhar os super batoteiros nacionais que por "feijões", faziam muita batota nos regionais.
Para acabar deixo o convite de comentarem o que acham de idas a circuitos exteriores (regionais fora da vossa região, campeonatos alternativos)?
Jaime Menino
14 October 2009
Calibres e Modas
Hoje deixo uma reflexão para pensarem também (e comentarem), começa com o tema muito actual do calibre 0.50 que tanto se fala e se vê as máquinas publicitárias a tentar pegar, e passo por outras modas as muitas que já vi nascer, algumas a sobreviver, outras a nascerem mortas.
Rapidamente em sintese: Acho que esta história do calibre 0.50 está morta e não vai pegar para os jogadores tradicionais do calibre 0.68.
Porquê?
Todos os debates a medir os "Pros" e os "Cons" mostram sobretudo o que não irá trazer de novo para os jogadores, fora uma "nova" conta possivelmente avultada em material novo ou adaptadores fanhosos para se sobreviver. O Baca Loco tem um post no seu blog (View from the dead box) extremamente interessante. Tem por base o muito que se discute sobretudo os "charts" que todos analisam de voos de bolas, consumo de ar, subidas de velocidade para 450 fps, etc... Basicamente os vários factores que se terão/teriam de mudar e as suas consequências, para algo que afinal não é assim tão importante para os jogadores de paises onde o paintball não tem problema com calibre ou forças de impacto em joules. Só para resumir os debates centram-se sobretudo em igualar os factores requisitados (voo, consumo, etc) entre os dois calibres. Mas com as comparações lógicas como: Diferentes percentagens de fills, distâncias de voo, aumento de velocidade (fps) para manter distância de voo, aumento de massa (substâncias mais nocivas) para manter voo, redes não suportarem aumentos de velocidade, jogadores não verem e não jogarem da mesma forma com aumento de velocidade, máscaras não suportarem o aumento de velocidade, preços (nem se fala muito).
Já agora, com o aumento de velocidade não vamos dar ao mesmo em termos de energia (joules)?
Ao fim ao cabo (fisica time) p = m x v ... Baixas a massa (m) sobes a velocidade (v), ficas na mesma ou pior parece a pescadinha de rabo na boca, e tudo se a necessidade principal é baixar os Joules, basta OBRIGAR os campos comerciais a baixar os limites de velocidade dos marcadores (260 fps ou mais baixo).
Quem quiser fazer os calculos teóricos dos diferentes momentos lineares (p) encontra fotos com pesagens de bolas pela net tanto no pbnation como no pbhub.de.
Isto tudo e ainda não se falou de preços e valores que se assumem como sendo a salvação... Isto porque não vão ser.
Muito provavelmente se "nos" aumentarem a capacidade de levar mais bola pelo mesmo peso e mesmo "ar", vamos todos disparar mais. Se as caixas do calibre inferior afinal com todas as justificações ou falta delas forem ao mesmo preço que o calibre actual, quer dizer que em vez de usarmos umas X caixas por jogo, vamos passar a usar 2X ou 3X caixas por jogo, mais abancados a debitar mais bola e consequentemente a gastar mais dinheiro. -" Ui! Aqui quem vende tinta já deve estar a fazer a festa."
Ah mas o CAP rof desce e tal... Sim está bem, a ver se mesmo assim não se irá aumentar o consumo com bola mais pequena, sobretudo com maior capacidade de carregar tinta pelos jogadores.
Ou agora vocês acham mesmo que os jogadores carregam tinta pela quantidade de bolas? A mim parece que é pela capacidade de carregar e pelo número de potes. Ninguém vai para campo "despido" se pode carregar bastante, nunca se sabe se os "maus" não aparecem em maior número e se tem de protagonizar uma cena "à Rambo"...
Enfim, é um sem número de motivos que afinal estão muito mal explicados, apenas a grande "hype" é que se alimenta e fomenta. O Baca propõe talvez deixar equipas optarem e poderem jogar entre si com calibres diferentes e após isto no futuro as verdadeiras necessidades e preços irão decidir o que é benéfico. A federação Francesa já está a avançar nesse sentido de se dialogar e permitir ambos calibres numa mesma competição. Em geral é provável que faça sentido ver as experiências exteriores que aqui nesta onda pode ser complicado tomar partidos pois quantos "hypes" como este já não morreram!?
Por fim deixo uma lista de algumas das outras modas altamente mortas mas bastante notáveis que esta me faz lembrar:
Money-ball, ainda se encontra videos deste formato fora um encontro de exibição nem uma prova pegou, mas quem leu todo o "hype" parecia que ia ser o "novo formato".
Anterior a este formato, aquele formato (não me recordo do nome) onde se podia mexer em determinados obstáculos do campo antes do jogo começar. Este nem se testou mas chegou a ter comentários do famoso Robbo.
Drop-forwards em forma de relâmpagos e outras autênticas "ancoras".
Gorros de meia.
Autocolantes no material.
Marcadores com propulsão a gás inflamavel porque dão mais tiros.
Enfim! modas...
Jaime Menino
06 October 2009
Estatísticas
Sendo um grande fã desta modalidade e como o meu desporto de eleição, começo cada vez mais a compreender a importância das estatísticas. Quem segue o webcast da PSP, por exemplo, pode acompanhar o leve desenrolar de dados fornecidos em estatísticas.
As individuais nos vários aspectos do jogador, como sobrevivência, "kill count", eficácia geral nos ponto ganhos pela sua equipa. E as de equipa, como sucesso em campo perante determinado layout.
Para quem não acompanha ou conhece muitos dos desportos nos E.U.A. em geral todos guiam-se pelas estatísticas e toneladas de dados, até nos pequenos close ups a jogadores durante a transmissão de jogos há sempre uma legenda cheia de dados. Primeiro devido em grande parte pela natureza das muitas apostas à volta do desporto, mas também porque assim se distinguem os heróis e os "unsung heroes" em qualquer desporto. No Paintball os primeiros são os óbvios como o Oliver Lang, Chris Lasoya e Federov que são sobretudo cartazes publicitários, os segundos são os jogadores como o Angel Fragoza, Yosh Rau e Rusty Glaze que ponto atrás de ponto produzem para a sua equipa mas não são tão famosos ou populares.
A estatistica diferencia este nível de jogadores, como os "stat builders", os jogadores que constroem positivamente as estatisticas da sua equipa.
Na Europa em geral não temos muita estatistica desenvolvida nos desportos profissionais como nos EUA. Por exemplo NBA quando tem um jogador em foco, coloca em legenda as stats dele. Nós no futebol eventualmente temos as estatísticas da equipa no intervalo ou a pequena estatística da equipa. Por ser desta cultura europeia tão pouco desenvolvida em estatísticas nos desportos, só em 2004 a ver o world series de baseball e a acompanhar alguns fãs é que compreendi a verdadeira importância que se dá a este factor. É origem de comentários e apostas "virtuais" em determinados momentos do jogo, promove em si uma maior envolvência com o jogo, a equipa, o jogador e até a jogada. Tem o pequeno acréscimo de expor a toda a população a matemática útil.
No nosso Paintball.
Nós por cá, tivemos e temos na minha opinião alguma tentativa de criar o interesse pela estatistica e dados, secalhar pouco notada pelas massas.
A primeira pessoa que criou e mantém alguns dados foi o Pedro Fonseca ao serviço do RLX. O João Carriço enquanto no OLX também colocou algumas estatisticas em resposta, as do JAC foram mais úteis porque é o nicho da sua carreira profissional.
O Pedro Fonseca continua a incidir no tempo de jogo (x-ball e 5 man), que é um dado bom, mas é tão relevante como aquelas estatisticas do intervalo dos jogos de futebol. Ou seja não prendem a atenção enquanto fã da modalidade.
As do JAC eram sobretudo sobre os jogadores que jogavam que jogo (7 man e 5 man) e os que ficavam vivos. Este dado era e é bem mais útil porque permite às equipas ter uma ideia de quem são os seus "stats builders".
Já agora as do Pedro Fonseca (em 7 man) em tempo também tiveram o registo dos jogadores que entravam para campo.
No World Cup em 2007, além de não terem preenchido, havia também nas folhas de jogo fora o normal, campos relativos a estatística, como jogadores que entraram em campo em determinado ponto...
O que acham sobre este tema das estatísticas.
Relevante para vocês enquanto jogadores numa equipa? Relevante como fãs?
Acham que seria um dado importante a ter no futuro nas provas, que dados acham mais relevantes?
Deixem um comentário!
Já agora para quem gosta de prognósticos, costumo fazer um PickEm para as provas da PSP. Nunca acertei e começo a pensar que dou azar às equipas quando as escolho. http://www.pbpickem.com
Jaime Menino
04 October 2009
RAMPING EM DEBATE
Este post é dedicado aquele grande funcionário que decidiu inspirar-se num post do meu blog para vir lançar o debate na vanguarda da competição nacional (para ser mais irónico só se fizer um desenho). Às vezes parece aquelas polémicas da politica nacional numa procura incessante de protagonismo.
Este meu "protesto" terá a sua dose de explicação *...
Primeiro a minha opinião sobre o tema do Ramping e ROF CAP é... Fica para o fim deste post.
Debate-se por esta altura um debate que está a ter pontos de vista infantis no fórum de paintball nacional, sobre que rof cap deverá ser usado no Open de Portugal.
A começar a questão já tem uma resposta em si, pois o modelo tradicional de 15 bps não está incluido na questão. A questão para quem não leu, pergunta se o Open de Portugal deverá ser jogado em 12 ou 10 bps de limite. A questão está por si só incompleta, deveria ser: -"O limite de cadência máximo disparado, também conhecido como ROF CAP, deverá ser qual e porquê?"
Isto seria uma pergunta correcta e sem lançar logo alguma polémica a meu ver.
Mas gostaria de esgravatar algumas das questões e argumentos levantados, correctos e incorrectos...
Para começar relativamente ao que já foi mencionado e falado, a cadência escolhida para a temporada de 2010 pela F.P.P. até ao momento é PSP mode com ROF CAP a 12 bps (3 tiros em semi auto, a partir do quarto tiro numa cadência de 5 bps sustentada, o marcador poderá dar no máximo 12 bps por segundo). A escolha fez-se com base numa reunião com todos os capitães de Bronze na última prova do Campeonato Nacional, onde foi dado a escolher com sentido as bps. Foram apresentados vários argumentos para terem em conta ao darem a sua opinião, o mesmo deveria ser feito nesta discussão a meu ver, argumentos como: A adaptação à pressa em Espanha que todos os anos vão atrás do MS, as consequências que não agradam as massas dos jogadores, com o obrigar os jogadores a gastar dinheiro para fazer upgrades ao seu material. A descida não ser abrupta de 15 para 10 que possa trazer consequências na linha de frustação pessoal, quem quer gastar mais 1000€ para ver o seu investimento abaixo das suas capacidades. O facto que na PSP joga-se actualmente a 12 bps, e no MS a 10 bps, na NPPL semi, e na NAX 15 bps. A verdadeira razão para se poupar bola, que não é com uma conta de três simples, e se a escolha de poupar bola não pode ser feita de outras formas ou ser uma escolha não uma regra. O muito importante factor que a maioria dos jogadores em Portugal pode neste momento ter material compativel para conseguir jogar a 12 bps e nem todos podem ter para jogar a 10 bps. Etc...
A partir destes temas as equipas representadas pelos capitães, pelo menos em Bronze, acharam bem a descida para 12 bps, sobretudo porque apenas duas equipas Portuguesas jogam intensivamente no MS que se possam sentir afectadas por jogar a uma maior cadência. Segundo porque se entramos no carril de seguir não sabemos o que realmente acontecerá em 2010 lá fora, ou se iremos querer seguir.
Actualmente encontra-se no fórum em debate argumentos como:
"É ASSIM NO MILLENNIUM"
Adaptações prematuras arriscamos a seguir modas a entrar na corrida da adaptação, com argumentos de vamos seguir cegamente os outros, quer dizer que em Fevereiro/Março podemos voltar a mudar se o MS mudar? Se o MS de repente subir ou descer a cadência, ou tornar a regra ridicula, vamos rapidamente seguir e obrigar toda a gente a fazer upgrades e a comprar material novo? Quem fica mesmo a ganhar com estas regras? Porque é que são impostas? Alguém antes de opiniar sabe o porque e a origem do ramping (é ler o meu post abaixo)?
Eu acho que o argumento de ser igual a outro lado deve ser aplicado ou puxado quando se fala de qualidade e não ser usado para tudo e qualquer coisa. Se tivermos este tipo de opiniões de seguir algo e for a seguir a divisão de pump da NPPL, vamos todos jogar pump em campos de 7 man? Ou devemos jogar o que a maioria queremos jogar por motivos que sejam benéficos para a modalidade e para nós?
"MAIS MOVIMENTO, JOGA-SE MAIS"
Não será que isso tem a ver com o layout? É que na PSP com cadências mais baixas que 15 bps, basta ver, ler, e ouvir, para se perceber que a medida de baixar o ROF CAP lá é ao menos justificada e joga-se o mesmo que se jogava, excepto quando era "Semi" (batota descontrolada). Ninguém se mexe mais por causa dos outros dispararem menos bolas por segundo.
"DISPARA-SE MENOS"
É verdade na teoria dispara-se menos, mas secalhar o real disparar menos tem a ver mais uma vez com o layout. Mas se querem mesmo regular e obrigar toda a gente a disparar menos a proteger o vosso dinheiro e o alheio porque não colocar o seguinte nas regras: não se usar battlepacks, layouts de campo à MS tal e qual, e proibição de uso de speedfeeds. Aí ajudamos todos a poupar dinheiro!!!
Fica por falar de:
DEFINIÇÕES
Limite PSP vs limite MS começo de ramping, valerá a pena distinguir as 5 das 6 bps? Não se irá lançar a caça às bruxas, como aconteceu em 2006 no MS com muita gente expulsa à discrição dos árbitros declararem marcadores ilegais por começos a 5 bps, quando deveriam começar às 7,5...
SEGURANÇA
A 10, 12 ou 15 bps faz-se o mesmo estrago, a intenção é que deve ser punida, porque ainda não usamos marcadores com tripé fixos. Nós temos regras para punir a intenção, o próprio Toni Mineo (curso de arbitragem) falou bem da distinção entre "big boys game" vs o continuar a disparar e a acertar depois de passar o alvo a correr, com o começar a rodar o tronco ou o marcador ficar arrastado para trás.
Todos estes pontos que descrevi são o que se deverá ter em conta e sobretudo o que nós queremos que este nosso desporto evolua. Porque neste momento não existe gente à frente de nenhum circuito que tenha mais dedicação a este desporto do que nós enquanto jogadores. Uns tem é amor ao dinheiro que fazem ou dão a ganhar e querem se manter na onda da vanguarda ou polémica por motivos de popularidade, mais uma vez tem a ver com o dinheiro que fazem.
* A parte irritante: Tem toneladas ou litros de piada o facto de que uma questão de vez em quando é colocada neste tipo de sufrágio e outras questões bem mais importantes passam ao lado do debate (Ufa! É melhor nem falar disso...) .
A minha opinião pessoal é que me vou adaptar, era apologista do semi-auto e tenho dedos para tal mas também tenho olhos na cara para ver que muitos, como ainda hoje em dia há, abusam e passam as regras porque são uns mentecaptos. Quando grande parte abusa temos de acertar o nivel para todos. Acho que com estas descidas forçadas vai deixar em aberto outra vez os abusos, devido à frustação e o factor de batota em cadeia. Vai-se voltar a ver a vanguarda tecnológica a aparecer em campo. Às vezes a 15 bps nestes ultimos anos apareceu. Antes com semi-auto havia muito. Com o baixar do rof cap, vai voltar a aparecer sem dúvida...
Entretanto vamos seguir os outros com as suas próprias agendas ou com decisões para mostrar a força do seu poder, em que aspecto é benéfico ou prejudicial para o Paintball?
- "E ó funcionário, vê lá se plagias menos!".
Jaime Menino
29 September 2009
Ramping - O equilibrio
Hoje vou dedicar um post a uma das novidades que foi introduzida no paintball que nivelou a capacidade dos jogadores dispararem, foi sobretudo um subir da média de disparos efectuados pelos jogadores bastante benéfico para as marcas de tinta à primeira vista mas que veio equilibrar uma corrida louca.
O Ramping legal não foi mais do que uma medida de controlo e nivelar o que muitos (PRO's) faziam de forma ilegal principalmente com especial incidência em 2004.
Marcadores como matrix e intimidators, existentes desde 2002, com loaders superiores ao normal VL eram super simples de colocar em formas inseguras e potencialmente mais rápidos. O que causou que outras marcas fizessem mesmo produtos com batotas para acompanhar.
Começou a era da publicidade da velocidade. Uma das rampas de lançamento da corrida foram produtos como este e videos: Matrix NYX e o advento de olho e Halo - http://www.youtube.com/watch?v=Xa6fxt3wtwQ
Há bastantes da WDP com o Marcus Nielsen e foi por este tipo de coisas que começou a corrida à velocidade, isto antes de começar o primeiro ano da NXL em 2003.
As principais marcas a seguirem a corrida foram a WDP, a Planet com o seu e-blade também "altamente sensivel". Mas também nesta altura começam a aparecer marcas de placas (aftermarket).
Associado ao ramping legal apareceu a medida de segurança dos Rof Caps, que ainda hoje se mexe e desce na procura de segurança e para tentar diminuir os jogos parados.
Mas porque surgiu a necessidade, ou de onde surgiu este fenómeno? Porque simplesmente os jogadores não se ficaram por material normal, sem problemas e tudo feliz em semi-auto?
Competição. Competir e ter que ganhar, isto é a força motriz por detrás dos primeiros problemas com a velocidade e cadências.
Nada desta evolução teria acontecido sem o crescer da velocidade dos loaders e com o surgir do Halo e em parte o VL evolution 2 (ovo). Loaders que alimentavam 20 ou mais bps versus o velhinho VL que a maioria dos jogadores usava, que com sorte e pilha boa poderia chegar às 12bps.
Rapidamente toda a gente chegou à análise simples que disparar muito em determinadas ocasiões era benéfico para os planos de equipa e os layouts dos campos assim o ditavam, mas enquanto uns desenvolveram técnica outros fizeram uso da tecnologia.
Tecnologia como: a WDP/Angel com boards com cheats de origem que simplesmente estavam lá sem sequer haver uma explicação no manual. O mercado aftermarket com a Speedy (actual Virtue) a vender boards com o simples propósito de ter modos de disparo escondidos, foi tão grave que chegou-se a banir os produtos desta marca da NPPL.
Também abertamente aos jogadores em geral as matrix e as intimidators aliadas com um Halo eram assombrosas bem mais fáceis de disparar, em comparação ao que existia antes, mas também mais fáceis de as ter em modos super sensiveis só com o que vinham de origem. A quantidade de jogos e jogadores suspensos com estes dois modelos de marcadores foi impressionante de 2002 até e em 2004.
Então em 2004 começou a ser um problema de tal modo que na 4ª prova da PSP na NXL se criaram as regras do modo de ramping legal, 3 tiros em semi, a partir daí full auto limitado às 15 bps.
Foi inicialmente assombroso pensar no full auto, mas no entanto provou-se bem mais seguro de alguns supostos semis autos.
Em 2005 o ramping nas 5 bps de gatilhada foi generalizado a toda a PSP, e informalmente colocado no MS que não tinha regras definidas a proibir no inicio da temporada. Basicamente na prova da Alemanha, a primeira, toda a gente o usou. Na Holanda foi usado legalmente. Em Paris e restantes passou para 7,5 bps na gatilhada (praticamente a mesma coisa para quem dá 5 bps).
Em 2006 e 2007 ambas os circuitos mantiveram, até em 2008 começarem a baixar o rof cap.
Agora em 2009 assistimos ao rof cap de 10 bps que é na minha opinião ridiculo até pelas justificações (ou falta delas) sobretudo para os fabricantes de material, mais valia voltarmos para semi ao fim destes anos todos, e garantir que os fabricantes de material cumpriam normalizações no seu material.
Já agora em Portugal fizemos a adaptação para o modo PSP em 2006/2007.
Jaime Menino
Chances da Fortuna no Millennium Series
É um post curto com mais mal dizer relativo ao Millennium Series.
Já viram que o MS para esta última prova na Turquia está nas melhores inovações e alta qualidade?
Para começar a prova tem nome de fabricante de armas de pequeno porte. Para uma Europa em luta com a lei de armas e uma constante luta do Paintball com desassociar de armas e guerras foi sem dúvida a "cereja" da hipocrisia de promoção de paintball. Sem falar de mais uma temporada curta e mais cara que algumas das temporadas mais longas.
Vão fazer sessões de treino no próprio campo onde as equipas vão jogar. Uma hora a 200€ por equipa, com duas equipas por hora. Com um campo isto equivale a uma receita extra de 4800€ para as doze horas que o campo irá estar aberto de acordo o anúncio (das 10h às 22h). Eu se fosse às marcas de tinta embarcava nisto da seguinte forma vendia a tinta mais cara na prova, porque se tem dinheiro extra para vir um dia mais cedo treinar, tem dinheiro extra para pagar mais pela tinta.
Treinar no desenho do campo da prova é bom, mas treinar no campo da prova é muito bom, aproveitem os "ricos" porque vão sem dúvida sair beneficiados.
Jaime Menino
19 September 2009
Arbitragem Profissional - Londres 2004
A prova Campaign Cup (Londres) depois de vários eventos nos anos anteriores terem se realizado no crystal palace, desta vez foi num ermo perdido ao pé de Londres em Escher, uma localidade tipo vila nuns campos de rugby com uma daquelas clubhouses tipicas. Foi uma prova com assinatura tipica do dono da empresa Campaign, com melhorias significativas na parte de organização comparativamente a outras provas. Só mesmo o local e altura do ano não eram simplesmente as melhores para esta ser considerada uma das melhores provas em 2004. Londres e o verão britânico já são populares pelo tempo ranhoso, por acaso não foi péssimo mas foi sempre sombrio aquele Setembro de 2004, a somar a isso a atenção mediática foi para Las Vegas na NPPL que tinha prova no mesmo fim de semana e roubou mais um pouco do brilho desta prova.
Para mim foi uma das melhores provas, com a organização a providenciar um mini bus para os árbitros, uma cleaning crew para os campos, um hotel com pub restaurante ao lado com uns hamburguers no prato e tarte maçã e gelado divinais. Enquanto a comida na prova era multicultural que é sinónimo para mixórdia asiática feita por britânicos (grego alert), com pequenos almoços de chá e sandes de bacon (cozido), almoços de porco agridoce com noodles, ou porco quase assado sem sal...
Esta prova teve dois pormenores de facto diferentes do habitual, e que era muito comum nas provas antigamente. A organização fez um DVD da prova (também há um da prova de Paris de 2004), e arranjou forma de equipas Americanas virem à prova, nomeadamente os Trauma e os All Americans juntaram duas linhas e formaram a Draxxus Factory Team, que veio jogar no escalão de Open X-ball. Pequeno facto histórico nessa altura aconteceu o namoro entre os All Americans e o Jason Trosen (actual treinador dos AA) que na altura era jogador dos Trauma. O outro pormenor foi que organizaram um jogo de exibição na quinta feira entre os invenciveis Russian Legion e esta equipa e foi fenomenal, porque era uma das primeira vezes que uma (duas neste caso concreto) equipa da NXL defrontava os Russian Legion. Já agora em vez de nos pagarem esse dia pagaram-nos o jantar (pizza no local da prova).
Sobre o encontro de exibição, que se diga que após a vitória dos Russian Legion frente aos Dynasty em Agosto de 2004, todas as equipas da NXL afirmaram que iriam espancar os Russos como eles fossem básicos (como em 2006 se veio a ver com a integração da divisão open com a NXL). Tal não aconteceu muito pelo contrário até quando os Russos no ano seguinte integraram a NXL.
Já agora os russos ganharam o jogo de exibição, jogo o qual tive atarefado a perseguir marcadores, pois antes do jogo quando as equipas pediram para os testar, diria que 75% não passaram, aliás no DVD está uma mini entrevista a um americano no público que diz que os árbitros estão a perseguir os jogadores americanos (ya coitados).
A EXL e a prova em si foram bastante calmas, porque como já escrevi, ao mesmo tempo desta prova decorreu a prova da NPPL Las Vegas e quase todas as equipas mandaram as suas vedetas para a NPPL, 2004 foi o ano de classificação para o escalão fechado na temporada seguinte. Logo os Joy Division eram compostos por um ou dois dos habituais e montes de gajos dos Hardcore e Hypnotize. Os TonTons eram compostos por uns tótós que jogavam na div 1, de nome X-men salvo erro. Os Nexus, os Tigers e os Shockwave eram compostos por restos britânicos cada equipa deixou um ou outro trunfo na europa para fazer número.
Os Ugly Ducklings trouxeram a equipa toda em peso, assim como os Ignition e os já super profissionais Russian Legion.
Para quem leu ou seguiu os outros episódios da arbitragem profissional e da EXL, leu que os Russian Legion dominaram este campeonato, seguido pelos Joy Division.
Os Ton Ton estavam numa fase de transição e a apostar desde 2003 na NPPL, por isso os resultados não eram muito relevantes em X-ball, até visto que a equipa andava a viver de velhas quase glórias (Huntington Beach 2003 2º lugar).
As três (exagero de tantas equipas do mesmo país) equipas britânicas (Nexus, Tigers, Shockwave) estavam a competir entre si para ver quem acabava em melhor posição, ou quem marcava mais pontos contra os Russian Legion (campeonato dos peixinhos).
Os Ignition vieram parar sem querer ao meio PRO da EXL, talvez por antiguidade, porque existiam e existem toneladas de equipas suecas e do norte da europa bem melhores.
Mas os Ugly Ducklings, os Dinamarqueses, eram raivosos e queriam a bem ou a mal ser algo que não eram (gloriosos talvez). Ganhar no campo era facto que eles não conseguiam, e todos os jogos deles, eles achavam que estavam a ser roubados na secretaria, quando eram uns atrasos de vida a recolherem penalizações seguidas. Mas depois do episódio da Noruega aconteceu o "impensável" (para alguns), o Soren dos UD ameaçou um jogador dos Ignition que o ia esfaquear "lá fora", e visto que esse Soren se diz que era/é chulo/traficante e tinha lá a mulher e o seus dois filhos a assistir à prova, foi uma situação no minimo estranha e bizarra de se lidar, que provavelmente tinha sido evitada se o comissário europeu (Steve Morris) e o Boogie (chefe de campo), o tivessem castigado além de ter sido expulso na Noruega. Aposto que aí não tinha escalado a isto...
Fora este episódio os jogos correram bem, e a final foi pela quarta vez entre os Joy e os Russian Legion, e de facto o jogo mais renhido dos RL em toda a EXL foi o seu primeiro das preliminares em londres contra os Ignition, que sendo a equipa com menos expectativa de resultado, mais lançou contra os super técnicos e agressivos RL.
Os Russian Legion com a quarta vitória nesta final, sagraram-se assim os vencedores da EXL com zero derrotas no decorrer da temporada, nem sequer perderam nenhum jogo ao intervalo, e maior diferença de pontos que estiveram a perder foi de dois pontos. Com este recorde aliado ao facto de terem ido à quarta prova da PSP ganhar frente aos Dynasty, os RL estavam na senda para se tornarem numa das equipas dominantes do circuito de Paintball profissional.
No final da prova foram feitos os devidos agradecimentos e discursos de temporada. Os Draxxus Factory venceram a prova em Open X-ball, mas tenho ideia que o final desta divisão foi ganho pelos PowerTrip, depois de 2005 se terem qualificado para CPL, não conseguiram em 2006 vingar num formato que já tinham alguma experiência.
No regresso da prova tive de carregar com cinco euro angels aqduiridas na mala para os Trolls, parte do novo acordo entre a equipa e o seu novo fornecedor Estratego foi um excelente desconto em aquisição de material. No aeroporto eles adoraram passar o detector de bombas nos carregadores dos marcadores que coloquei na mala de carry-on, e por coincidência tive de abandonar o aeroporto por ameaça de bomba. Duas das horas mais interessantes da minha vida, quarenta minutos a andar a um passo por cada cinco minutos, e mais de uma hora para voltar a entrar...
Jaime Menino
13 September 2009
M.I.A. - Tiago Peixoto
TIAGO PEIXOTO - Para quem não conhece, começou a sua carreira no paintball sobre a asa do Miguel Sousa. Apresentava a sua história de vinda para o Paintball como o amigo do "padeiro" do gang dos TnT.
Era um jogador de porte atlético e sempre interessado na modalidade a nível nacional e internacional a seguir os resultados, o material, etc... A única Matrix Ironmen que há em Portugal era dele, um género de marcador o qual ele ficou seguidor, e em muito influenciou outros para a tendência.
A jogar começou com os "Kidz", Kidz Redz, Independent. O bando de "miúdos" que eram compradores do material do Miguel Sousa (longa história), que ainda foram muitos.
Tive o prazer de jogar duas vezes com ele, ambas bons resultados para um grupo de mercenários a querer dar uns tiros. Em duas provas onde fomos dar um pézinho no RLX em 2005 e 2006. Dois segundos lugares respeitáveis sobretudo em 2006 a competição era bastante boa e sólida demonstradora de qualidade das equipas. Tenho algures um video de um dos jogos da primeira prova que jogamos, se achar coloco no Youtube.
Os grandes feitos da sua carreira nacionalmente foram: os Kidz conquistaram no primeiro ano da L.P.P. o primeiro posto em Amador 7 man, frente aos Psycho. No segundo ano os Kidz passaram a ser os Kidz Redz mais tarde Independent, subiram a Pro e foram a única equipa que ganhou uma prova na L.P.P. por acaso a que os "5 de Paris" arbitraram, e acabaram na terceira posição.
Durante estas temporadas teve muitas participações com os Kidz no Millennium Series, algumas com algum sucesso, outras apenas para fazer número no resultado.
No terceiro ano dos Independent surgiram os Estratego Damage que não foi mais do que uma linha de salvação à equipa Estratego após um ano mediocre sem os "5 de paris" e como tal não resultou tão positivo como esperavam mas ainda assim conseguiram de novo o terceiro posto na temporada.
Por fim a sua última temporada foi 06/07 com os X-Team Voodoo onde apenas jogou no inicio da época e desapareceu para os laços do matrimónio, ficando a equipa com um nono posto.
Ficou por se mostrar em X-ball um formato que sempre quis experimentar, e as únicas duas provas da Liga de X-ball que existiram em Portugal em 2004, a equipa dele (Kidz) arbitrou.
11 September 2009
CULTURA DO DEIXA ESTAR
09 September 2009
NOVIDADES
Não pode ser só nostalgia senão enjoa. Hoje é um post fora do contexto dos outros anteriores do blog. Até porque tenho andado ocupado mentalmente para me lembrar de um bom post.
01 September 2009
WORLD CUP
22 August 2009
X-BALL, O inicio.
Em 2002 foi provavelmente uma das melhores provas, o promotor excluiu por completo os jogos no mato, devido ao crescimento de equipas e pessoas que vinham à prova teve de mudar de local, tornando a prova exclusiva em speedball, tanto airball como campos "concept", basicamente umas paletes de plástico. Junto com o evento houve exibições de BMX, a famosa festa de jogadores, conferências da indústria, a Spyder cup estava fundida com a prova (as equipas que ganhavam de spyder na mão recebiam dinheiro).
Morreu em 2004, salvo erro, por falência do grupo promotor (Team Effort Events), depois de uns escandalosos preços de bola e qualidade do evento em 2003.
Mas X-Ball nasceu e sobrevive com muitos cortes cosmésticos nos principais torneios de Paintball (PSP e MS) e na sua vertente original na liga North America Xtreme (NAX), que se divide nos ramos Americano (AXBL) e Canadiano (CXBL). Nesta primeira prova foi realizado para o teste um NATIONS CUP, era um tipo de torneio muitas vezes feito na brincadeira na Europa entre as possiveis e interessadas equipas ou conjunto de jogadores de vários paises. Há quem diga que foi invenção e créditos do PCO, com um comentário sarcástico pelo meio como tivesse sido uma ideia com segundas más intenções (consumo de bola, ou qualquer coisa)...
Para o IAO foram convidadas oito equipas para jogarem, mas antes definirem o que seriam as regras novas do formato, detalhes como o coaching na linha, etc. Foram inicialmente convidadas e preparado merchandizing para oito nações e acabou por comparecer uma diferente. Basicamente em vez da Dinamarca, veio a Alemanha para completar os oito convidados: USA, Canadá, França, Rússia, Suécia, Inglaterra, Alemanha e claro Portugal. Provavelmente foram convidados os Ugly Ducklings para representar a Dinamarca, mas em vez vieram uns Alemães, para mim anónimos.
A selecção nacional era composta pelo Tiago Coelho, Álvaro Mesquita e parece-me que uns representantes de PT que viviam nos States.
Se quiserem o WARPIG tem um excelente report e video no PIGTV (Tourney_IAO02), com uma boa entrevista ao Sr. Italia e o jogo Alemanha contra os USA.
O vencedor, óbvio, foram os Americanos, frente aos Russos compostos pelos Russian Legion.
Mas há factos engraçados deste Nations Cup. Da prova nasceu mais tarde a NXL. Da equipa de Inglaterra nasceram os NEXUS, compostos por pessoal dos Rusher (equipa amadora Inglesa que dominava no MS no escalão amador e pela qual o Formiga jogou num prova "undercover" depois de um jogador deles se ter lesionado) e jogadores dos Banzai Bandits. A equipa de França era basicamente TonTons. Os Suecos eram os Joy e retiraram-se da prova por exaustão fisica dos jogadores ou a famosa e habitual birra do Magued (agora já habitual ao fim destes anos todos quando não corre para o lado deles). Os Canadianos eram basicamente jogadores de várias equipas americanas que não sentiram ou eram alguma ligação.
Depois desta prova e de uma outra demonstração no World Cup em 2002, já no recinto da Dysney, foi fundada a NXL para a temporada de 2003. O desejo e carteira do Sr. Italia eram mesmo grandes até 2005 para promover este seu novo conceito, engraçado ter pegado já desde 2007 agora como pegou num torneio "quase" regional (NAX), além de a PSP ter corrido o formato de 2004 a 2007 sem quase alterar.
Na Europa o formato pegou em 2003 como vários jogos de Nations Cup ao longo das provas do Millennium Series. Em Portugal em 2003, foi realizada uma liga de X-ball com apenas duas provas feitas de três programadas, uma na Exponor e outra no MegaCampo. Na Europa em 2004 foi feita a EXL (como já escrevi noutros posts).
Fora isto o formato original desvaneceu e progrediu para as versões lite, não admira, porque além do esforço fisico e a parte do espectador ter sido dado como o reforço de acção consequência, a realidade é que a conta da tinta era muito superior ao que as equipas estavam habituadas.
Jaime Menino